«Mulheres não entendem logo que são vítima de violência» - TVI

«Mulheres não entendem logo que são vítima de violência»

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APAV considera que permanência das vítimas de violência doméstica numa relação violenta está a diminuir

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A permanência das vítimas de violência doméstica numa relação violenta está a diminuir, embora estas ainda sofram vários maus tratos antes de denunciarem o crime às forças de segurança, considera o presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

João Lázaro comentou desta forma à agência Lusa o relatório da Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI) segundo o qual a grande maioria das vítimas de violência doméstica que apresentou queixa às forças de segurança no primeiro semestre deste ano já tinha sofrido maus-tratos anteriores.

Para o presidente da APAV, a conclusão não surpreende e vai ao encontro da realidade que a associação conhece e sobre a qual trabalha. «A maior parte das vítimas não entende logo que está a sofrer violência doméstica, tendo em conta a complexidade emotiva e afectiva que a prende ao agressor», refere.

Trata-se de «um ciclo vicioso, que muitas vezes perdura e significa crime atrás de crime», reconhece.

Este facto justifica, em parte, a permanência da vítima nas relações violentas, o que, sublinha João Lazaro, já está a acontecer durante menos tempo.
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