Bexiga: «Ex» incrimina Carolina - TVI

Bexiga: «Ex» incrimina Carolina

Carolina Salgado chega ao tribunal - Foto de Estela Silva para Lusa

Paulo Lemos depôs no processo das agressões ao antigo vereador de Gondomar e contou o que a ex-companheira de Pinto da Costa lhe terá confessado: Carolina agiu por «livre iniciativa». Antigo namorado admite ao PDiário que foi agredido por segurança de Pinto da Costa e explica por que retirou a queixa

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O antigo namorado de Carolina Salgado, Paulo Lemos, foi ouvido há duas semanas pela Equipa de Coordenação do Apito Dourado no âmbito do processo sobre as agressões ao ex- vereador socialista Ricardo Bexiga.

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, Paulo Lemos foi ouvido pela equipa da procuradora-geral adjunta Maria José Morgado, a 27 de Setembro, no Porto, e afirmou que Carolina Salgado lhe terá revelado ser a autora moral das agressões e que agiu por «livre iniciativa».

Contactado pelo PortugalDiário, Lemos confirmou ter deposto no âmbito do referido processo, acrescentando que relatou o que Carolina já lhe confessara.

Refira-se que quando depôs no Ministério Público do Porto, a 1 de Março de 2007, num processo que o médico Fernando Póvoas moveu contra Carolina, o antigo namorado afirmou que aquela lhe confessara ser a autora moral das agressões e que o teria feito «porque o Pinto da Costa não gostava do Bexiga», sendo certo que o presidente do FCP «desconhecia tais factos». A ideia de Carolina seria agradar a Pinto da Costa, mostrando-lhe que poderia contar com ela para o que fosse preciso.

De acordo com as mesmas declarações que Paulo Lemos prestou em Março passado, Carolina terá chegado a comentar que «nunca ninguém iria saber quem agrediu o doutor Ricardo Bexiga».

Além de Carolina Salgado foram ainda constituídos arguidos no processo das agressões ao antigo vereador de Gondomar, o presidente do FCP e o líder da claque dos Super Dragões, Fernando Madureira, que, na versão da ex-companheira de Pinto da Costa, terá intermediado o contacto com os agressores.

Não obstante toda a informação recolhida, não terá sido possível até ao momento identificar os autores materiais das agressões.

Paulo Lemos agredido por segurança de Pinto da Costa

Paulo Lemos apresentou queixa-crime contra um segurança de Pinto da Costa, que o terá agredido a 24 de Julho de 2006, por volta das 21:30, quando aquele saía do ginásio que frequentava na altura, na Avenida dos Combatentes, em Vila Nova de Gaia.

Na participação, apresentada no posto da GNR, em Vila Nova de Gaia, a 1 de Agosto de 2006, o ex-namorado de Carolina sustenta que ia a sair do ginásio, por cima do «Shot Bar», em Vila Nova de Gaia, a 24 de Julho de 2006 (dia do seu aniversário), quando o referido segurança o ameaçou e agrediu, informando-o de que só o deixaria em paz quando entregasse as peças de colecção do Futebol Clube do Porto e se testemunhasse contra Carolina Salgado nos processos que Pinto da Costa e a sua ex-companheira têm pendentes.

Carolina Salgado tenciona juntar esta queixa-crime de Paulo Lemos ao processo sobre os incêndios ao escritório de Pinto da Costa, em que figura como única acusada. O objectivo, segundo o seu advogado em declarações ao

PortugalDiário, é descredibilizar a testemunha Paulo Lemos e provar que a mesma estará a ser pressionada por Pinto da Costa.

Na altura em que prestou depoimento no DIAP do Porto, a 1 de Março de 2007,Paulo Lemos referiu que Carolina o convenceu a acrescentar que o segurança agressor possuía uma arma e ainda que este actuava a mando do presidente do FCP.

Ouvido pelo PortugalDiário, Paulo Lemos confirmou a apresentação da queixa-crime e admite que o segurança de Pinto da Costa o agrediu [Carolina é que lhe disse que se tratava de uma segurança do presidente do FCP]. O agressor ter-lhe-á referido que deveria devolver as peças do FCP, que Carolina lhe entregara para guardar [«o que já fiz»], acrescentando todavia que aquele apenas o «aconselhou a testemunhar contra Carolina», caso contrário, a Justiça ainda o poderia «considerar cúmplice».

Apesar de confirmar as agressões, afirma que retirou a queixa, «dois meses antes da publicação do livro «Eu, Carolina» porque também teve «uma atitude provocatória» para o agressor. «Eu estava no carro com a Carolina e ela é que me disse para passar várias vezes pela viatura dele»
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