Projecto oferece almoço de Páscoa a sem-abrigo - TVI

Projecto oferece almoço de Páscoa a sem-abrigo

  • Portugal Diário
  • 5 abr 2007, 16:15

Idosos e carenciados convidados «Por uma Lisboa mais solidária»

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Um grupo de cidadãos, que fazem parte do projecto «Por uma Lisboa Mais Solidária», vai oferecer no Domingo de Páscoa um almoço aos sem-abrigo e idosos carenciados da cidade, onde são esperadas cerca de mil pessoas, noticia a agência Lusa.

«Apelámos a várias juntas de freguesia para fazer o levantamento de idosos carenciados que vivem sós e de pessoas que vivem nas ruas para os podermos contactar», disse à Lusa o advogado Agostinho Amado Rodrigues, mentor do projecto «Por uma Lisboa Mais Solidária» que pretende lançar nas 53 freguesias da capital.

Amado Rodrigues adiantou que também contactou várias associações de imigrantes para indicarem pessoas para participarem no almoço na Voz do Operário, no bairro da Graça, que pretende que seja «um espaço de integração cultural», com comida portuguesa, brasileira, cabo-verdiana e brasileira. Para as pessoas que tenham dificuldades de deslocação, a organização assegura o transporte, adiantou o responsável, salientando que há refeições para mil pessoas.

«Se aparecerem mais não há problema, havemos de arranjar uma solução», sublinhou, adiantando que os participantes podem ainda fazer um rastreio médico com uma equipa disponível para o efeito.

«Infelizmente a realidade é muito dura em Lisboa, há muita pobreza encapotada», frisou Amado Rodrigues, salientando o facto dos mais carenciados poderem conviver e comer uma boa refeição no Domingo de Páscoa.

O projecto «Por uma Lisboa Mais Solidária», que conta com o apoio das juntas de freguesia de Campolide, Sacramento e Benfica, presta apoio psicológico e social aos mais carenciados da cidade.

O objectivo é combater a «desumanização» e a «exclusão social» numa cidade onde existem mais de 900 sem-abrigo e 133.304 idosos, dos quais 33.770 (25 por cento) vivem totalmente sós, segundo Census de 2001.

O projecto começou na junta de freguesia de Campolide, que criou uma base de dados sobre as necessidades dos mais velhos, que representam 30 por cento da população local.
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