Catalina: «Tenho 23 processos a decorrer» - TVI

Catalina: «Tenho 23 processos a decorrer»

Catalina Pestana

Ex-provedora foi ouvida no processo de Pedroso contra o Estado

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A ex-provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, foi ouvida esta quinta-feira como testemunha de defesa, no processo que o ex-deputado socialista Paulo Pedroso interpôs contra o Estado português e onde exige uma indemnização de 800 mil euros.

À saída, Catalina Pestana, foi parca em declarações aos jornalistas, porque respondeu a questões já «colocadas em outros processos» no âmbito do escândalo da Casa Pia. «Tenho 23 processos a decorrer: como arguida, assistente e testemunha», recordou. «Os senhores jornalistas já me ouviram, várias vezes, dizer as mesmas coisas», ironizou.

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Recorde-se que ao contrário de todos os julgamentos relacionados com o escândalo de pedofilia, retirados do mega-processo, este - onde Pedroso apresentou queixa contra o Estado - é o único que decorre à porta fechada, sem a presença dos jornalistas. Sobre a exclusão de publicidade, a ex-provedora considera que «é uma decisão da juíza que não lhe cabe comentar».

«Expectativas só no futebol»

Durante a manhã a ex-provedora foi inquirida pelo Ministério Público e à tarde pelo advogado do ex-deputado socialista, Celso Cruzeiro. Quanto ao desfecho deste julgamento Catalina Pestana considera que «expectativas só no futebol».

No final da sessão desta quinta-feira e sem entrar em factos relacionados com o processo, Celso Cruzeiro confirmou que «a produção de prova testemunhal pelo autor da queixa está concluída». Foram ouvidas «20 testemunhas» chamadas por Paulo Pedroso.

Catalina Pestena foi ouvida como testemunha de defesa do Estado português, sentado no banco dos réus.

Celso Cruzeiro acrescentou ainda que agora «é a vez do réu apresentar as suas provas e fazer ouvir as suas testemunhas».

Rui Teixeira dispensado?

Segundo avança, esta quinta-feira, o jornal diário Correio da Manhã, Rui Teixeira, o magistrado responsável pela prisão preventiva de Paulo Pedroso, deverá ser dispensado como testemunha pelo Ministério Público (MP).

De acordo com a mesma notícia, do Correio da Manhã o Conselho Superior da Magistratura (CSM) terá considerado se deve manter o direito de reserva do magistrado neste caso. Ou seja, Rui Teixeira fica impedido de falar sobre a sua intervenção. Por isso mesmo, o MP deverá prescindir da sua audição como testemunha de defesa do Estado.

Sobre esta possível dispensa, Celso Cruzeiro, apenas referiu que não foi notificado sobre o assunto e que ele «apresentou as testemunhas que considerou importantes». Cabe ao Estado fazer o mesmo.
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