«O período negro da crise ainda não chegou» - TVI

«O período negro da crise ainda não chegou»

Loja «É Dado» da Cáritas de Lisboa

Cáritas avisa que que o desemprego vai subir e será de longa duração

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A Cáritas Portuguesa preveniu este domingo que «o período negro da crise ainda não chegou» e que o desemprego vai subir e será de longa duração, recomendando «um menor despesismo» e uma «luta permanente contra as assimetrias sociais».

No comunicado final do Conselho Geral da instituição, que reuniu em Fátima 19 das 20 Cáritas diocesanas do país, a organização advertiu que «a taxa de desemprego vai subir e esta será de longa duração, o período negro da crise ainda não chegou».

Segundo a Cáritas, «muitas famílias não conseguem fazer face às despesas, o que torna a crise mais profunda», reconhecendo, contudo, que «uma parte significativa da população caiu no consumismo desenfreado, não alimentou hábitos de poupança e não cooperou civicamente a favor da solidariedade e da superação da crise».

A «escassa penalização dos rendimentos mais elevados, incluindo as pensões de reforma», ou a «diminuição de salários da administração pública» são também, no parecer da instituição, problemas da sociedade portuguesa que exigem uma «profunda reflexão».

Face ao contexto económico actual, a instituição aconselha um «menor despesismo na sociedade portuguesa» e a «luta permanente contra as assimetrias sociais», formas de actuação que a Cáritas acredita que «ajudam na coesão social deste país e na eliminação da crise vigente».

Admitindo «dificuldades», a Cáritas sustenta que este não é o momento para desistir, mas, pelo contrário, «empenhar-se cada vez mais no serviço da caridade» que tem tido um papel fulcral no «combate ao aumento do número de desempregados, situações de fome, ajuda na compra de medicamentos e no pagamento das rendas habitacionais, e o apoio a imigrantes, toxicodependentes, alcoólicos e idosos», acrescentou.
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