Katrina: o risco continua - TVI

Katrina: o risco continua

  • Portugal Diário
  • 26 ago 2007, 13:00
Katrina

Há dois anos, o furacão matou 1500 pessoas e deixou um rasto de destruição. Mais de um bilião de dólares foram gastos em obras, mas alguns bairros mais pobres ficaram esquecidos. Moradores temem que a tragédia se repita. Recorde as imagens

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Dois anos e mais de um bilião de dólares depois do furacão Katrina, a cidade de Nova Orleães continua vulnerável. Segundo o jornal New York Times, há locais onde o risco de inundação diminuiu substancialmente, mas noutros, caso um fenómeno como o Katrina volte ocorrer, o nível da água será apenas 15 centímetros inferior ao de há dois anos atrás.

Leah Pratcher vive num desses locais. No bairro de Gentilly, onde a água chegou a ultrapassar 1,20 metros, após a passagem do furacão, o risco foi reduzido exactamente 15 centímetros. Um valor bem distante dos 1,65 metros que foram reduzidos em Lakeview, um bairro próximo, mas mais rico. A moradora não consegue esconder a revolta. «15 centímetros não vão ajudar-nos».

Nova Orleães ficou submersa com a passagem do furacão Katrina. Cerca de 1.500 pessoas morreram em quatro estados norte-americanos. Depois da destruição, foi tempo de reconstrução e de obras para evitar que uma catástrofe desta dimensão se repita.

O sistema de diques que impede que a água dos canais invada a cidade foi reforçado. Mas segundo o New York Times, a intervenção não se realizou em todas as zonas povoadas. Os engenheiros reergueram muros destruídos do lado leste de um canal principal, mas deixou o lado oeste, que resistiu ao furacão Katrina, mais baixo e assim mais vulnerável e não obstruiu canais que muitas vezes foram descritos como funis para as águas das enchentes entrarem a cidade.



Ainda segundo o jornal, as comportas agora protegem bairros ricos como Lakeview. E, embora as autoridades afirmem que não houve privilégios, só fez prolongar antigos ressentimentos e reforçar a sensação de fosso entre ricos e pobres.



Especialistas contactados pelo New York Times são peremptórios em efirma que a cidade ainda não tem um sistema capaz de resistir a uma tempestade de grandes proporções.
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