Imigração ilegal: português detido em Espanha - TVI

Imigração ilegal: português detido em Espanha

  • Portugal Diário
  • 5 mar 2008, 21:25

Empresário de 26 anos envolvido em exploração de trabalhadores ilegais

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Um empresário português da construção civil foi esta quarta-feira detido em Espanha por estar envolvido na exploração laboral de trabalhadores que empregava em obras para as quais era sub-contratado, noticia a agência Lusa.

Além deste empresário, identificado como M.D.S., de 26 anos, foram igualmente detidos, também por exploração laboral um cidadão brasileiro de 37 anos e um outro equatoriano, de 47 anos.

Português liderava rede de imigração ilegal

SEF com dificuldade em desmantelar redes

Todos eles tinham empresas radicadas em Portugal que recorriam a trabalhadores ilegais, alguns deles trazidos de Portugal até Espanha, para várias obras, nomeadamente na zona de Palência.

Desconhece-se para já o local de residência do cidadão português detido ou o local onde as empresas estavam sediadas

Na operação que desarticulou esta rede, foram detidos ainda dez imigrantes de várias nacionalidades, entre eles brasileiros e cidadãos da Europa de Leste, que estavam a trabalhar ilegalmente em Espanha sem qualquer vínculo à Segurança Social.

Segundo a polícia espanhola, o cidadão português contratava trabalhadores ilegais que mantinha em situação irregular, sem qualquer contrato e sem os registar na Segurança Social.

Os trabalhadores explicaram à polícia que desconheciam quais eram os seus salários, indiciando, além do uso de mão-de-obra ilegal, a exploração dos próprios empregados que recebiam pagamentos bastante inferiores aos normais no sector.

No caso do cidadão brasileiro, a polícia alega que este era capataz de obras, tendo sido acusado de falsificação de documentos por usar um documento de identificação fiscal de um português para contratar outro trabalhador.

Todos os trabalhadores contratados eram ameaçados de que, se denunciassem a rede, seriam expulsos do país pela polícia.

A operação de hoje resulta de investigações que começaram em Janeiro e que envolveram os serviços de Inspecção Provincial do Trabalho da Junta de Castela e Leão.
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