As duas maiores cidades portuguesas, Lisboa e Porto, encontram-se num grupo de 136 aglomerados urbanos, a nível mundial, que poderão enfrentar graves riscos de inundações no futuro, que podem ser potenciados pelas alterações climáticas e aumento da população.
De acordo com um relatório da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico), citado pelo Jornal de Notícias (JN), podem vir a estar em risco milhares de vidas e perdas materiais na ordem dos milhares de milhões de euros.
Nos cenários traçados para 2070, os cálculos da organização contemplam algumas variáveis como a evolução das alterações climáticas, económicas e populacionais e o seu impacto em 136 cidades/regiões portuárias em todo o globo, com mais de um milhão de habitantes.
O cenário mais dramático para Lisboa e Porto surge na conjugação do normal ritmo cíclico de cheias centenárias com acentuadas alterações climáticas e populacionais. Na região da capital, as vítimas podem chegar a 90 mil, com um orçamento de 20 mil milhões de euros para os danos materiais. No Porto, esperam-se 22 mil vítimas e mais de seis mil milhões e euros de prejuízos.
Com os dados de agora, na maior cidade do norte do país seriam afectadas 14 mil pessoas e em Lisboa 40 mil. Já os prejuízos materiais ascenderiam a 450 milhões e de 1,30 mil milhões de euros, respectivamente.
China e Índia na rota da catástrofe
De acordo com o relatório, citado pelo JN, as cidades que, apesar do risco, estão mais bem preparadas, são Londres, Tóquio e Amesterdão. No pólo oposto encontram-se os aglomerados chineses e indianos.
O crescimento da população também coloca em grande risco a capital de Angola, Luanda.
A prevenção é, para a OCDE, a melhor forma de evitar consequências catastróficas. As medidas passam de forma especial por retirar as populações e instalações produtivas do leito de cheias.
Lisboa e Porto enfrentam grave risco de cheias
- Portugal Diário
- 6 dez 2007, 19:08
Relatório da OCDE coloca cidades entre 136 onde o perigo é maior
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