Crimes no Porto: «já há mais processos» - TVI

Crimes no Porto: «já há mais processos»

Pinto Monteiro (foto Lusa)

Inquéritos analisados. Depois decide-se com quem ficam, diz PGR

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A procuradora Helena Fazenda está a analisar mais de 80 processos relacionados com os crimes na noite da Área Metropolitana do Porto e só depois decidirá que inquéritos ficarão com a equipa e quais serão remetidos a outras entidades, designadamente ao DIAP do Porto.

Em declarações ao PortugalDiário, o Procurador-geral da República, Pinto Monteiro, esclareceu que, além dos 82 processos, referidos no comunicado ontem enviado às redacções pela Procuradoria Geral da República, «já há mais processos» a chegar às mãos da magistrada e que estão a ser analisados.

Pinto Monteiro referiu ainda que a PJ do Porto coadjuvará o Ministério Público sempre que para isso seja solicitada, uma vez que a direcção dos inquéritos cabe ao MP.

Segundo o PGR, a decisão de criar uma equipa para coordenar estas investigações não representa uma desconfiança nos magistrados do DIAP do Porto. «Tenho plena confiança na Dra. Hortense, directora do DIAP do Porto», sublinhou Pinto Monteiro, acrescentando que a decisão tomada neste caso vai ao encontro daquilo que defende, isto é, a criação de equipas especializadas para investigar determinado tipo de criminalidade, à semelhança do que já tinha sido feito no caso «Apito Dourado».

PJ não desenvolveu mais diligências

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, a PJ do Porto não desenvolveu mais diligências nos processos da noite do Porto, desde a operação «Noite Branca», a 16 de Dezembro, e que culminou com a prisão preventiva de quatro suspeitos.

Helena Fazenda esteve ontem no Porto reunida com o DIAP desta cidade, onde recolheu informação sobre os crimes, e levou mais processos relacionados com ofensas corporais e ameaças, ocorridas no final de 2007, e que continuam pendentes. Os inquéritos envolvem suspeitos que estão a ser investigados no âmbito da violência na noite.

Os referidos processos juntam-se aos 82 já remetidos à procuradora Helena Fazenda. Reportam-se aos quatro homicídios ocorridos no Porto, mas também aos crimes de extorsão, ameaça e ofensas corporais, sendo que a esmagadora maioria já se encontra arquivada. Alguns poderão ser reabertos, sendo certo que o objectivo primordial é recolher informação que ajude a contextualizar a criminalidade.

O Procurador-geral da República anunciou ontem que já foi criada uma equipa constituída por magistrados, PSP, PJ e ASAE destinada a investigar os inquéritos e apensos, directa ou indirectamente relacionados com os crimes ocorridos na noite do Porto.



Além de Helena Fazenda, integram ainda a equipa os procuradores do DCIAP João Melo e Vítor Magalhães, um procurador-adjunto, além de quatro inspectores da PJ, elementos da PSP e da ASAE.
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