Mosqueteiros: suspeito de homicídio detido - TVI

Mosqueteiros: suspeito de homicídio detido

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Francês suspeito de ter morto empresário foi apanhado no Sul de França

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O suspeito da morte do presidente dos Mosqueteiros, António Figueira, foi detido esta quinta-feira no sul de França, pelas 16h35, (hora local), no âmbito de um mandado de detenção europeu, adiantou ao PortugalDiário fonte da Polícia Judiciária.

O homem foi detido pelas autoridades francesas na cidade de Pau. O cidadão francês deslocava-se ainda no veículo pertencente à vítima quando foi abordado por uma patrulha de trânsito.

Em conferência de imprensa nas instalações de Leiria da PJ, Carlos do Carmo explicou que «o detido será agora presente a um juiz», disse o responsável, mostrando-se confiante de que o magistrado «validará a detenção» dado estarem cumpridos todos os formalismos legais.

Carlos do Carmo adiantou que a PJ tomou conta do desaparecimento de duas pessoas - o empresário e o alegado homicida - segunda-feira às 18h30. Neste dia de manhã, esclareceu o responsável, a família, face à ausência da vítima, foi ao apartamento à sua procura, mas não detectou qualquer situação anómala. O corpo foi encontrado à hora de almoço de terça-feira pela PJ.

Móbil: «conflito profissional»

«Dada a experiência que temos nestes casos, foi tratado de imediato como um caso de homicídio qualificado», referiu o coordenador. Para o responsável, o móbil do crime prende-se com um «conflito profissional» entre vítima e criminoso, que «se prolongou no tempo e terá produzido recalcamentos».

«Durante dois anos, o suspeito trabalhou para a vítima como director-geral de uma loja no Intermarché de Leiria, tendo sido despedido em Abril», referiu Carlos do Carmo. Apesar de despedido, o alegado homicida continuou a ocupar o apartamento do empresário em Leiria, que tentou, «mesmo com corte de água, luz e gás», impedir que o alegado criminoso ali continuasse.

«O suspeito não terá gostado da situação e provavelmente originaram recalcamentos que tiveram este final», frisou Carlos do Carmo.

«O autor queria eliminá-lo»

O coordenador do DIC de Leiria da PJ esclareceu que os indícios permitem concluir que «terá havido um projecto criminoso, um plano, e a vítima terá sido atraída àquele local». «O autor queria eliminá-lo», precisou Carlos do Carmo.

O coordenador da PJ descreveu o suspeito como «uma pessoa cerebral, que foi capaz de arquitectar um plano e executá-lo, e ter a frieza de se deslocar à residência da vítima onde havia familiares». Sobre a personalidade do suspeito, o responsável esclareceu ainda que «tem a frieza suficiente de não ter receio de ser interceptado pelas autoridades», que «subestimou».

Após cometer o crime em Leiria, o detido dirigiu-se a casa da vítima para o interior da qual «transportou três volumes, mas saiu apenas com dois», referiu Carlos do Carmo, que recusou especificar o seu conteúdo, bem como por que razão o arguido aí se deslocou. Esclareceu, contudo, que a PJ acredita que o cidadão francês, após ir a casa da vítima, terá imediatamente se colocado em fuga para França.

Fuga na mesma noite

«Temos notícias e informações certas que dão conta de que na segunda-feira, pelas 10:00, o suspeito estava na região de Bayonne e ali se manteve. Já conseguimos saber que terá dormido num hotel e talvez dentro do próprio carro», esclareceu Carlos do Carmo, afirmando ainda que terá sido também visto na «zona de Lourdes».

Quanto ao local onde o arguido foi detectado, no Sul de França, o responsável adiantou que «é uma zona propícia para as pessoas se refugiarem». «É uma área no País Basco, na zona de fronteira, entre Espanha e França», apontou Carlos do Carmo.

O responsável da Judiciária destacou a celeridade com que este caso foi tratado pelo Ministério Público, a quem coube a emissão de um mandado de detenção europeu.

Última actualização às 20h18
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