A Ordem dos Médicos reiterou as suas críticas ao Ministério da Saúde em relação às «medidas restritivas ao acesso dos hospitais a medicamentos inovadores», num comunicado divulgado esta sexta-feira, e anunciou que vai dar provimento a uma queixa de um médico a quem foi recusado um fármaco destinado a um doente com cancro.
A noticia desta recusa, avançada pelo jornal Público, apontava que a Ordem dos Médicos recebeu a queixa do clínico a quem a comissão de farmácia e terapêutica do hospital tinha recusado a prescrição de um medicamento inovador ao paciente.
O comunicado, assinado por Pedro Nunes, Presidente do Conselho Executivo, confirma que a queixa do médico, que prescreveu o antineoplásico ao doente, foi recebida.
A Ordem dos Médicos deixou ainda algumas críticas ao ministério, recordando que «atempadamente alertou para o risco de uma gestão economicista dos hospitais» e sublinhando que «só os médicos e os critérios clínicos são adequados para tomadas de decisão em termos de terapêuticas».
É ainda afirmado que situações como esta ocorrem porque «os médicos foram afastados da administração dos hospitais e nelas substituídos por gestores, profissionais que apenas são sensíveis aos aspectos financeiros».
A partir deste momento a queixa «vai seguir os trâmites normais nestes casos e avaliar-se-á a conduta dos médicos envolvidos, nomeadamente em termos disciplinares».
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Ordem dos Médicos critica Ministério da Saúde
- Portugal Diário
- 14 set 2007, 15:30
![Ordem dos Médicos](https://img.iol.pt/image/id/97406/1024.jpg)
No seguimento da recusa de uma farmácia de um hospital em fornecer medicamento a doente com cancro
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