Cura para o cancro dentro de «20 anos» - TVI

Cura para o cancro dentro de «20 anos»

  • Portugal Diário
  • 27 mar 2007, 19:14

Nobel da medicina afirma que só falta «usar conhecimentos técnicos»

Relacionados
O norte-americano James Watson, Nobel da Medicina por ter participado na descoberta da estrutura da molécula do ADN, admitiu esta terça-feira que a cura do cancro poderá ser possível num prazo de vinte anos, noticia a agência Lusa.

James Watson, que vai ser presidente do conselho científico da Fundação Champalimaud, foi hoje recebido em audiência pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

«Em duas décadas penso que podemos encontrar a cura para o cancro. Acho que já temos o conhecimento técnico base, é uma questão de usá-lo», afirmou o cientista norte-americano aos jornalistas no final da reunião.

Na audiência com Cavaco Silva também esteve presente a presidente da fundação, Leonor Beleza.

O Nobel da Medicina de 1962 espera que a Fundação Champalimaud, que vai dedicar-se à investigação nas neurociências e na luta contra o cancro, venha a ser «uma instituição de renome mundial na investigação e um dos líderes na Europa na ciência».

James Watson está em Portugal para a cerimónia em que será apresentado oficialmente o conselho científico da Fundação Champalimaud, um órgão de aconselhamento do qual será presidente.

Nascido em Chicago, estado norte-americano do Illinois, a 6 de Abril de 1928, Watson iniciou a sua formação aos 15 anos, na Universidade de Chicago, tendo-se formado aos 19 anos e graduado em Zoologia aos 22 anos.

Trabalhou em parceria com o biofísico britânico Francis Crick na Universidade de Cambridge entre 1951 e 1953, onde, baseando-se em trabalhos anteriores de Maurice Wilkins, revelaram a estrutura em dupla hélice da molécula do ácido desoxirribonucleico (ADN), trabalho que valeu à dupla o Nobel da Medicina em 1962.

Do conselho de curadores da Fundação Champalimaud, presidido por Proença de Carvalho, fazem parte Simone Veil (ex-presidente do Parlamento Europeu), Mary Robinson (ex-Presidente da Irlanda) e o neurocirurgião português António Damásio.

As investigações da Fundação serão dirigidas às neurociências e à luta contra o cancro.

A Fundação António Champalimaud conta com um orçamento de cerca de 500 milhões de euros, verba legada pelo empresário aquando da sua morte.
Continue a ler esta notícia

Relacionados