Legionella: resposta ao surto é um «sinal de vitalidade» do SNS - TVI

Legionella: resposta ao surto é um «sinal de vitalidade» do SNS

Paulo Macedo lembrou que «sinais de vitalidade» do SNS, que está a comemorar os 35 anos de existência

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O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou esta sexta-feira que a resposta dada pelos profissionais de saúde ao surto de legionella é «um sinal de vitalidade» e «um desafio» que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) soube responder.

«Nesta semana tivemos um desafio particular que o Serviço Nacional de Saúde soube responder», afirmou Paulo Macedo na cerimónia da assinatura do protocolo entre a União das Misericórdias Portuguesas e o Ministério da Saúde, que devolveu os hospitais de Fafe, Anadia e Serpa às Misericórdias locais.

No discurso, Paulo Macedo lembrou alguns «sinais de vitalidade» dados pelo SNS, quando está a comemorar os 35 anos de existência, como a resposta dada pelos serviços de saúde ao surto de legionella e a celebração dos contratos com as Misericórdias para a devolução de hospitais.

Paulo Macedo sublinhou que, neste trimestre, foram assinalados 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, mas, afirmou, «não estamos a comemorar uma efeméride, estamos a comemorar uma realidade cujos profissionais dão hoje resposta às necessidades das pessoas».

O surto de legionella em Vila Franca de Xira atingiu hoje, 311 casos de infeção e sete mortos.

Serviços dos hospitais devolvidos às Misericórdias foram adaptados

O ministro da Saúde disse que a prestação de serviços dos hospitais de Fafe, Anadia e Serpa, devolvidos esta sexta-feira às Misericórdias, foi adaptada às necessidades das populações e permite que o Estado reduza em 25% os seus encargos.

A devolução dos hospitais S. José, em Fafe, José Luciano de Castro, em Anadia, e São Paulo, em Serpa, tem por objetivo melhorar a acessibilidade na prestação de cuidados de saúde à população, «particularmente evidenciada na área do ambulatório médico e cirúrgico», afirmou hoje o ministro da Saúde, Paulo Macedo, na cerimónia de assinatura do protocolo entre o Ministério da Saúde e a União das Misericórdias Portuguesas (UMP).

Adicionalmente, estas unidades incluem a prestação de cuidados continuados integrados, abrangendo as tipologias de convalescença, paliativos, unidades de média e longa duração, «atividade que se manterá e deverá desenvolver-se», sublinhou.

O ministro da Saúde adiantou que a devolução destes hospitais às Misericórdias locais reflete «a importância reconhecida ao setor social» na área da saúde.

«As Misericórdias aliam as exigências técnicas de prestação de cuidados de saúde à sua vocação e tradição multisseculares, à ausência de fins lucrativos e à proximidade das populações, o que as torna importantes parceiros do Estado na área da saúde», sustentou.

A entrega da gestão destes três hospitais públicos marca o início do processo de transferência de um conjunto de unidades hospitalares, para estas instituições.

Segundo Paulo Macedo, o Governo já está a trabalhar na segunda e terceira fases deste processo, «sempre de forma serena, séria e com rigor».

«A nossa negociação chegou a bom porto, mas demorou cerca de um ano, porque a quisemos fazer de uma forma séria, rigorosa, com transparência», frisou.

Presente na cerimónia, o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, lembrou que as Misericórdias gerem, desde 1516, «ininterruptamente hospitais«, o que lhes assegurou «uma enorme credibilidade e prestígio na prestação de cuidados de saúde», junto das comunidades.

«No passado, o Estado não foi pessoa de bem, tomou posse unilateralmente dos hospitais das misericórdias, assumindo a gestão dessas unidades sem perguntar ou pensar noutras possibilidades, fê-lo numa lógica totalmente contrária à que este governo tem, uma lógica, uma mentalidade que não devemos deixar renascer», comentou.

«Mas a César o que é de César», frisou Pedro Mota Soares.

O ministro adiantou que o próximo protocolo de cooperação, que «aprofunda a parceria» com as instituições sociais, integrará a saúde, a educação e a lógica de formação, áreas em que estas instituições atuam.

Para o presidente da UMP, Manuel Lemos, a devolução dos hospitais é um “reencontro com a história”.

E «aos críticos, comentadores e autarcas», Manuel Lemos deixou um pedido: «vão ver a realidade de Vila Verde, de Riba D´Ave, da Póvoa de Lanhoso, da Mealhada, de Felgueiras, de Esposende e de outros hospitais das Misericórdias, vejam a qualidade das instalações, apurem o grau de satisfação dos profissionais e sobretudo falem com as pessoas».
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