O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, assegurou que não existe «nenhum obstáculo nem nenhuma razão política» que impeçam a ratificação do Acordo Ortográfico pelos membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), informa a agência Lusa.
¿Não há nenhum obstáculo nem nenhuma razão política que leve à não ratificação. Há apenas razões administrativas (¿). O que haverá que fazer é um processo de ratificação do acordo. É um processo constitucional que demorará o tempo que demorar», disse, em Maputo, à margem do colóquio «Português, língua global», no âmbito da visita oficial a Moçambique do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
José António Pinto Ribeiro adiantou ainda que a ratificação do Acordo Ortográfico fará parte da agenda da próxima reunião da CPLP, prevista para Junho, em Lisboa.
Cavaco Silva e a importância da língua
O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu a necessidade de os países lusófonos passarem «das palavras aos actos» relativamente à língua portuguesa, cuja defesa e promoção «constitui uma obrigação colectiva e um interesse estratégico conjunto».
«Todos sabemos que a língua portuguesa tem belas palavras. Mas, por mais belas que sejam, é tempo de passarmos das palavras aos actos. Para a defesa da palavra, a palavra não basta. São precisas realizações concretas, iniciativas palpáveis, para que, no plano interno de cada um dos países em que é língua materna ou língua oficial, se promova eficazmente o conhecimento e o domínio do português falado e escrito», disse.
Acordo ortográfico «não tem obstáculos»
- Portugal Diário
- 25 mar 2008, 11:45
Ministro da Cultura fala na adesão dos países da CPLP
Continue a ler esta notícia