Leonor Cipriano: Gonçalo Amaral condenado - TVI

Leonor Cipriano: Gonçalo Amaral condenado

Gonçalo Amaral

Ex-inspector apanha um ano e seis meses de prisão suspensa por falsidade de depoimento. Três arguidos absolvidos e um condenado por falsificação de documento

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O antigo inspector da PJ Gonçalo Amaral foi esta sexta-feira condenado a um ano e seis meses de prisão, suspensa por igual período, pelo crime de falsidade de depoimento. O Tribunal de Portimão leu esta tarde a sentença relativa às agressões a Leonor Cipriano, mãe de Joana, a menina desaparecida da Figueira, em 2004.

O arguido foi absolvido em relação ao crime de omissão de de denúncia.

O tribunal decidiu ainda condenar António Nunes Cardoso a dois anos e seis meses de prisão, suspensa por dois anos, por falsificação de documento.

Os restantes três inspectores, Leonel Marques, Paulo Pereira Cristóvão e Paulo Marques Bom foram absolvidos do crime de tortura.

Em causa estão os interrogatórios na PJ de Faro, em 2004, altura em que Leonor terá sido agredida.

O tribunal de júri deu como provado que não houve uma queda das escadas, tal como a defesa alegava, e que Leonor foi agredida no interior das instalações da PJ. No entanto, não conseguiu provar quem foram os autores das agressões.

De acordo com o juiz Henrique Pavão, trata-se de um acto particularmente grave, tratando-se da autoridade policial.

Por seu lado, o representante da Ordem dos Advogados, assistente no processo, referiu ficou provado que a PJ agride e tortura cidadãos.

António Pragal Colaço, advogado dos três absolvidos e do arguido condenado António Cardoso, responsabilizou Teresa Magalhães, especialista do Instituto Nacional de Medicina Legal, pela condenação do seu cliente.

«É extraordinariamente incompetente e muito bem manobrada neste processo», atirou o causídico, citado pela Lusa, acrescentando que vai recorrer.

Por seu lado, o advogado de Gonçalo Amaral, António Cabrita, faz depender um recurso da právia leitura do acórdão.

Recorde-se que Gonçalo Amaral foi coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Portimão, tendo coordenado a investigação ao caso Maddie, estando actualmente reformado.

Leonor Cipriano e o tio da menina, João Cipriano, foram condenados pelo Supremo Tribunal de Justiça a 16 anos de prisão pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
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