Portugal é «esconderijo» - TVI

Portugal é «esconderijo»

  • Portugal Diário
  • 17 nov 2007, 10:34
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Director da PJ afirma que «somos uma boa retaguarda» para os terroristas e que Portugal não está seguro em relação a um atentado. Alípio Ribeiro não teme ser escutado e diz que não há um único inquérito sobre escutas ilegais. Sobre o caso Maddie diz: «Não sei se haverá prisões» Amiga viu Maddie ser levada

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O director da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, afirma este sábado, em entrevista ao jornal Expresso, que Portugal é «uma boa retaguarda» para os terroristas.

«Somos uma boa retaguarda para todas essas pessoas. Somos um sítio de fuga, de esconderijo. Essas pessoas precisam de descansar, arranjar dinheiro e documentos. E nesse aspecto somos retaguarda. Recolhemos informações nessas áreas todos os dias», afirma Alípio Ribeiro.

O director da PJ admite que Portugal não está seguro em relação a um atentado terrorista, mas afirma que o país «não é um alvo primordial».

O responsável garante não ter medo de ter o telefone sob escuta e recorda que nunca houve um inquérito em Portugal sobre a utilização de aparelhos ilegais para intercepção de conversas telefónicas, nem denúncias sobre estas práticas.

Questionado sobre o combate à corrupção, Alípio Ribeiro admite que a PJ não tem sido tão eficaz «como seria desejável» mas salienta que «depois da nova Lei Orgnânica, que cria a Unidade de Combate à Corrupção, já não há desculpas».

Maddie: «Não sei se haverá prisões»

Sobre o caso Maddie, o director da PJ admite que ainda não há uma solução para o mistério e que a polícia que lidera continua «a trabalhar, empenhadamente, com as melhores pessoas».

Questionado em relação ao afastamento da tese de rapto, Alípio Ribeiro respondeu: «Não . . . estamos a avaliar todas as hipóteses. Todas as semanas chegam novas informações».

«Primeiro temos de saber o que aconteceu no caso Maddie. Ainda não sei se haverá prisões». «Estamos mais seguros de algumas perspectivas da investigação, mas também é verdade que não temos ainda a história, a solução do caso. Temos perspectivas mais sedimentadas do que se terá passado», referiu.
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