Travessia do Tejo: escolha a alternativa - TVI

Travessia do Tejo: escolha a alternativa

Localização da nova ponte sobre o rio Tejo [arquivo]

Chelas-Barreiro e Beato-Montijo partem à frente. O que pensa o leitor?

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A ordem dos Engenheiros promoveu esta terça-feira, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), um seminário sobre a nova travessia do Tejo. Em cima da mesa estiveram várias propostas para a nova ponte. Chelas-Barreiro e Beato-Montijo estão bem à frente na corrida, mas o ministro das Obras Públicas, já afirmou que «todas devem ser estudadas».

Fique a conhecer as alternativas e dê a sua opinião.

Olaias-Montijo-Alcochete

A proposta apresentada pelo engenheiro José Lopes apresenta uma solução em que seria criada uma Gare Central nas Olaias, aproveitando já a infra-estrutura do Metro. A ligação seria feita ao Montijo e depois ao aeroporto, em Alcochete. Para o autor do projecto esta hipótese permite que os comboios não tenham necessidade de «descer» até à Gare do Oriente, podendo circular a uma «cota de 50 por cento», o que significa que não há necessidade de reduzir a velocidade.



É com base neste ponto que José Lopes considera que a sua solução é a «mais rápida e com menos quilómetros». Os comboios demorariam cerca de 15 minutos a chegar a Alcochete, tendo apenas de efectuar paragem numa estação e não em duas como nas outras propostas. O autor salienta que esta opção tem custos mais baratos, apesar de não estarem calculados.

Alverca-Alcochete

A solução do engenheiro Luís Cabral da Silva prevê uma ligação apenas ferroviária sobre o rio Tejo em túnel. Esta ligação começaria na Gare do Oriente até Alverca, aproveitando as infra-estruturas ferroviárias já existentes, e depois entraria em túnel, entre 3 e 10 quilómetros, até Alcochete, prevendo também a ligação a Setúbal e Montijo.

O responsável explica que esta solução reduz os custos porque utiliza algumas das infra-estruturas já existentes. A aérea em causa está protegida ambientalmente, e é por isso que a proposta apresentada é em túnel.

Chelas-Barreiro, pelo engenheiro Pompeu dos Santos

A proposta do engenheiro Pompeu dos Santos é essencialmente a mesma da RAVE, diferindo apenas na questão das «amarrações» em Lisboa. Isto é, o autor do estudo defende que a ligação ao TGV deve ser «logo ali à saída de Lisboa», porque «não faz sentido» andar mais cinco quilómetros.

Segundo o engenheiro, esta opção permite uma redução de 20 por cento nos custos. Pompeu dos Santos esclarece ainda que do lado do Barreiro, a solução é a mesma da RAVE e propõe transformar o viaduto do vale de Chelas na estação para o TGV e que seja construído um túnel por baixo do bairro da Madredeus.

Chelas-Barreiro, RAVE

A solução da RAVE para a travessia do Tejo é aquela que «melhor» permite responder às exigências, segundo defendeu o administrador Carlos Fernandes. Esta opção permite a ligação rodoviária e ferroviária e servir «um corredor de 200 mil pessoas». A opção Barreiro é ainda defendida por ser o «único local na margem sul onde é possível ligar comboios».

Carlos Fernandes defende também que esta opção deixa em aberto uma travessia Algés-Trafaria e que não escolher Chelas-Barreiro, é «condenar a ligação por Algés». Como vantagem é ainda defendido que esta é solução que melhor serve o TGV, com um custo de 200 mil milhões de euros.

Beato-Montijo

A opção da CIP, apresentada por José Viegas, apresenta como vantagem um encurtamento nas distâncias. O aeroporto fica a menos 12 quilómetros da Gare do Oriente do que a opção da RAVE.

José Viegas aponta também que o impacto visual da ponte Chelas-Barreiro será maior, uma vez que ficará mais perto das outras pontes, adiantando que a nova infra-estrutura, por ser ferroviária, não terá a «elegância» das duas travessias já existentes.

A opção da RAVE também é pior porque impõe restrições de manobra e estacionamento de embarcações de grande porte na zona do Mar da Palha, disse o professor.
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