Sabe o que fazer com o lixo electrónico? - TVI

Sabe o que fazer com o lixo electrónico?

  • Portugal Diário
  • 10 set 2007, 22:29
Reciclagem de electrodomésticos

Amb3E tenciona fechar o ano com a recolha de cerca de 20 mil equipamentos

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Monitores, ratos, teclados, televisões, máquinas de lavar e até frigoríficos velhos são um grande estorvo. Colocar os «trambolhos» lá de casa ao lado dos contentores do lixo é para muitos a solução. No entanto, a reciclagem de equipamentos eléctricos e electrónicos é já uma realidade em expansão e conta com 81 pontos de recolha em todo o país. Em 2006, a reciclagem das lâmpadas foi a grande surpresa.

«A reciclagem de lâmpadas tem superado todas as expectativas», de acordo com informação dada pelo director-geral da Amb3E-Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), Fernando Lamy da Fontoura, contactado pelo PortugalDiário.

As lâmpadas, computadores, impressoras e fotocopiadoras são os equipamentos mais descartados pelas pessoas, e são também os equipamentos que chegam em maior numero à associação.

A Amb3E, que iniciou os seus serviços em Novembro de 2006, estava inicialmente associada a cerca de 300 empresas. Agora conta com um crescimento de 34 por cento, contabilizando a adesão de 500 empresas produtoras de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (EEE).

O objectivo é efectuar a recolha de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, e conta com 81 centros de recolha espalhados por todo o país, incluído Madeira e Açores. Está previsto a chegada aos 250 pontos de recolha no próximo ano.

O que acontece ao lixo?

Ao que o PortugalDiário conseguiu apurar junto do director-geral, após a recolha dos equipamentos, é feita a divisão em cinco tecnologias diferentes. Os materiais são divididos primeiramente em duas secções: não perigosos e perigosos. Dentro dos não perigosos destacam-se duas categorias: os grandes equipamentos (máquinas de lavar loiça e roupa e fogões que tenham a corrente eléctrica como fonte principal) com elevada percentagem metálica, e os equipamentos diversos (computadores, impressoras e fotocopiadoras), da qual fazem parte pequenos ou grandes equipamentos com elevada percentagem de plásticos.

Na secção dos perigosos evidenciam-se outras três categorias: as lâmpadas (fluorescentes ou de iluminação publica), os equipamentos de refrigeração (ar condicionado, frigoríficos e arcas congeladoras), que necessitam de ser tratados em atmosfera fechada, uma vez que é necessário a recolha dos fluidos e a trituração da parte metálica, e os televisores e monitores, dos quais existem substâncias luminescentes que têm de ser retiradas.

A divisão dos equipamentos é feita segundo a perigosidade das substâncias e a valorização dos mesmos.

Segundo Fernando Lamy, os materiais de aço, alumínio, cobre, ouro, prata e platina são totalmente fundidos e introduzidos novamente na indústria. O mesmo acontece com os vidros, embora estes sejam também utilizados para pavimentação de mosaicos vidrados ou para laboratórios, devido à sua composição.

Os plásticos, que em grande maioria não cumprem as condições de identificação, acabam por ser mandados para incineração ou até mesmo para aterros. Apenas os que são identificáveis são colocados novamente na linha industrial.
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