Gripe A: limpeza «mal feita» nos aviões preocupa sindicato

O Sindicato Nacional de Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) manifestou este sábado preocupação quanto à limpeza «mal feita» ou inexistente nos aviões devido ao pouco tempo que estão parados entre os voos.

De acordo com o que revela a agência Lusa, os sindicatos do sector estão preocupados com o contágio da gripe A e reclamam o cumprimento das boas práticas que fazem parte do plano nacional de contingência.

O objectivo deste sindicato é colocar as tripulações de cabine em período de quarentena sempre que estas estejam em contacto com passageiros infectados com a gripe A H1N1.

O dirigente do SNPVAC, Pedro Lemos, revelou que não é possível fazer uma boa limpeza do interior de aviões devido ao pouco tempo que estes permanecem em terra.

Já no caso dos aviões das companhias de baixo custo, não entram sequer equipas de limpeza nos aparelhos. «Nem sei se lhe posso chamar limpeza, o que o pessoal de bordo faz é mais uma espécie de arrumação», afirmou.

O presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) encontra-se também preocupado com os funcionários que fazem o check-in, que acabam por contactar com os passageiros e manuseiam as malas, sem luvas ou outra qualquer protecção.

Por sua vez, André Teives considera o plano de contingência da TAP «suficiente e bem estruturado».

Contudo, revela que «a divulgação e materialização do plano é manifestamente deficiente». Quanto ao facto de existirem equipamentos de protecção individual adiantou que «ninguém sabe onde estão, como os obter e em que casos utilizar».