E.coli: restaurante de Hamburgo em investigação

A alemanha está a centrar as investigações sobre a origem do surto da variante da bactéria E.coli num restaurante

de Lubeck, região de Hamburgo, no norte do país.

Dezassete pessoas que fizeram refeições nesse restaurante ficaram infectadas e uma delas acabou mesmo por morrer.

Os investigadores procuram agora explicações na cadeia abastecedora do restaurante, tanto nas hortaliças como na carne.

Apesar de não se saber ainda qual a origem do surto de E.coli, sabe-se que foi precisamente na região de Hamburgo que surgiu a maior parte dos casos da infecção com a bactéria. Suspeita-se, agora, que a causa das infecções possa estar na carne.

Resistência a antibióticos



A variante da bactéria E.coli é resistente, pelo menos, a oito tipos de antibióticos, segundo um comunicado publicado este sábado pelo Instituto Genético de Pequim citado pela Lusa.

Cientistas chineses que colaboraram com os alemães na identificação do genoma da nova variante da E.coli, afirmaram no comunicado, citado pela agência Efe, que foram encontrados genes que são resistentes a cinco novos tipos de antibióticos.

Já na sexta-feira havia sido anunciado que a variante da bactéria era resistente a três tipos de antibióticos, entre os quais a penicilina.

Segundo a investigação, feita em colaboração com a Clínica Universitária Eppendorf de Hamburgo e cujos dados são preliminares, esta estirpe é um «mosaico» com genes de diferentes variedades e é geneticamente diferente da que causou anteriormente uma epidemia nos Estados Unidos.

Os hospitais alemães, estão a esgotar os stocks de sangue, pelo que têm apelado à generosidade dos dadores.

Estados Unidos controlam exportações da UE

Nas últimas horas, os Estados Unidos anunciaram que aumentaram a vigilância à importação de tomates, pepinos e de alface das áreas da União Europeia (UE) afectadas por um surto da bactéria E.coli.

A agência federal dos Estados Unidos para a saúde e a alimentação (FDA, na sigla em inglês) afirmou, em comunicado, que se mantém em «contacto frequente» com a UE e os centros para o controlo e prevenção de doenças, «para vigiar o surto actual de E.coli e fazer um rastreio» de casos no país.

Os Estados Unidos importam pequenas quantidades de frutas e produtos hortícolas da UE.

Também o Panamá reforçou a vigilância sanitária em todos os seus postos e aeroportos para evitar a entrada da variante da bactéria E.coli.

Um surto infeccioso da bactéria E.coli foi detectado na Alemanha na semana passada, tendo provocado 19 mortos e afectado milhares de pessoas.