ONG tem plano para evitar mortes na praia - TVI

ONG tem plano para evitar mortes na praia

Costa de Caparica

A Aloha Organization quer salvar as praias da Caparica, com mais e melhor vigilância, sensibilização ambiental e actividades para a juventude

As mortes no mar no fim-de-semana passado subiram ainda mais o alerta na vigilância das praias portuguesas. Para que a praia seja apenas um local de prazer e lazer, a Aloha Organization, um entidade não governamental, quer pôr em prática um plano local que pode ser alargado a toda a costa portuguesa.

Telmo Daniel, da equipa Guerreiros do Mar, propõe então uma equipa SurfSalvaVidas nas praias da Caparica, à semelhança do que acontece na Austrália ou Nova Zelândia, num raio de 5 a 7, apoio de 4 motas de água e ainda fundos para a gestão de actividades para jovens e para a colocação de placas a alertar para os perigos do mar.

Telmo Daniel quer também mais apoios para a realização de cursos de salvamento, como cintos, pedido que já foi feito à Câmara Municipal de Almada, pedido à espera de resposta, ou ainda a constituição de mais escolas de nadadores-salvadores.

«Se não fossem alunos das faculdades como ISCTE, FCT, PIAGET e Egas Moniz, não teríamos alunos para os nossos cursos de praia onde fazemos simulações e nos treinamos para estes resgates», explica o líder dos Guerreiros do Mar ao tvi24.pt, acrescentando que só em 2010 a sua equipa já salvou 12 pessoas.

A associação alerta ainda para os gastos desnecessários em motos 4, que deveriam ser aplicados noutros apoios. «As moto 4 não são necessárias, 2 nadadores por praia chegam na época balnear. Com os fundos que vão gastar, podiam já precaver-se para o ano que vem. Ou seja, cada concessão vai gastar cerca de 1000 euros com a história das motas, quando poderiam investir este montante para o ano que vem (pré-época). Assim teríamos nadadores a trabalhar mais cedo e evitaríamos mortes», alerta a Aloha Organization.

«Porque não basta patrulhar os 14 km de costa da Caparica à Fonte da Telha. É preciso uma vigilância mais localizada», acrescenta Telmo Daniel.

O problema, alertam, passa também pelo facto da actual lei permitir a abertura dos concessionários de praia durante o ano inteiro, com a obrigatoriedade da contratação de salva-vidas, o que não acontece antes do início da época balnear.

A Aloha Organization quer também actuar na areia e não apenas no mar. «Ainda hoje tractores da Câmara Municipal de Almada depararam-se com lixo na praia e em vez de apanharem manualmente pararam, viraram costas e seguiram», alertam.

Assim, a Aloha vai propor, pelo segundo ano consecutivo, um workshop grátis aos técnicos da Câmara de Almada.

Mais, a Aloha Organization está a organizar as Olimpíadas de Praia, de 9 a 13 de Junho, na Praia do Rei, na Costa de Caparica, para angariar fundos para todas as actividades do grupo.

Para que as praias portuguesas sejam um local de afectos, amor, paz e compaixão, o significado da palavra «aloha».
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