O secretário-geral da UGT, João Proença, considera que o relatório da OCDE «é realista» e «equilibrado», porque «mostra que há problemas, mas também aponta soluções».
Em relação às soluções apontadas, nomeadamente o aumento de impostos, João Proença salienta a recomendação de que o aumento de impostos se concentre sobre o IVA e impostos sobre a propriedade. «Desde que não ponha em causa o funcionamento das empresas e da economia, o aumento da receita permite uma política mais justa», afirmou, defendendo que «a redução da despesa penaliza fortemente o Estado Social e os trabalhadores da Administração Pública».
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João Proença defende, em declarações ao «Agência Financeira» que «não se pode pedir sacrifícios sempre aos mesmos. «Haverá sempre sacrifícios para todos, mas deve pedir-se mais a quem mais pode».
«No que diz respeito ao subsídio de desemprego, a OCDE não tem em conta as alterações que ocorreram nos últimos tempo em Portugal. Temos um problema porque os salários são baixos e portanto os subsídios são baixos. Os trabalhadores mais idosos são os que têm menos qualificações, e os que têm mais dificuldades de inserção no mercado de trabalho», afirmou, defendendo que «o combate à pobreza e à exclusão social não podem ser postos em causa».
Para o líder da UGT, as recomendações da OCDE «devem ser reflectidas no âmbito do debate económico e político».
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