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Madeira: Seguro acusa Passos Coelho de estar a ser cúmplice

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António José Seguro considerou que Pedro Passos Coelho continua sem responder se, enquanto líder do PSD, retira ou não a confiança política ao presidente do Governo Regional da Madeira

O secretário-geral do PS acusou este sábado Pedro Passos Coelho de estar a ser cúmplice da actuação do presidente do Governo Regional da Madeira e adiantou que espera uma posição do chefe de Estado sobre o défice encoberto, noticia a agência Lusa.

As posições de António José Seguro foram assumidas à entrada da reunião da Comissão Nacional do PS, depois de confrontado com recentes declarações do primeiro-ministro sobre o défice encoberto na Madeira.

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António José Seguro considerou que Pedro Passos Coelho continua sem responder se, enquanto líder do PSD, retira ou não a confiança política ao presidente do Governo Regional da Madeira, recandidato ao cargo nas eleições regionais de Outubro.

«O primeiro-ministro tem de esclarecer com clareza se assume ou não as suas responsabilidades enquanto líder do PSD. Quando o primeiro-ministro e líder do PSD diz que o assunto não é dele, mas apenas do PSD/Madeira, é óbvio que ele não está a assumir as suas responsabilidades», criticou o secretário-geral do PS.

Para Seguro, o primeiro-ministro «está a ser cúmplice de uma situação grave para a Madeira, para Portugal e para a imagem externa do país».

«Os portugueses estão a fazer sacrifícios, o primeiro-ministro está a exigir esses sacrifícios para além do memorando da troika e, depois, em relação à situação calamitosa da Madeira, apenas diz que o problema é do PSD/Madeira», atacou ainda o líder dos socialistas.

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De acordo com o secretário-geral do PS, «quando um líder de um partido aceita que os seus candidatos se apresentem, fica corresponsável por essa decisão».

«Se ele [Alberto João Jardim] fosse o candidato do PS, naturalmente que eu já lhe tinha retirado a confiança política publicamente. Chegou a altura de se assumirem as responsabilidades, porque está em causa a confiança nos dirigentes políticos nacionais e nas instituições nacionais», sustentou.

Já em relação à actuação política do chefe de Estado, Cavaco Silva, perante a situação de défice encoberto na Madeira, o líder socialista deu a seguinte resposta: «Vou esperar pelas conclusões da reunião de segunda-feira entre o senhor Presidente da República e o primeiro-ministro».

Interrogado se o PS pede a Pedro Passos Coelho para retirar a confiança política ao presidente do Governo Regional da Madeira, tendo em vista facilitar os objectivos eleitorais dos socialistas nesta região autónoma, Seguro negou essa intenção.

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«O problema não tem a ver com votos. O que está em causa é o nosso Estado de Direito democrático e a confiança dos portugueses nos órgãos de soberania», respondeu.

Jardim pode vir a pagar multa até 25 mil euros

A omissão de 1,68 milhões de euros nas contas da região autónoma da Madeira poderão valer um multa entre 15 mil e 25 mil euros, caso o Tribunal de Contas decida avançar com a responsabilização de eventuais culpados. As contas foram feitas pelo «Diário de Notícias».

O jornal escreve que caso o Ministério Público decida apurar responsabilidades e avance com uma queixa, poderá haver base para o Tribunal de Contas considerar uma infracção financeira e omissão de informação ao órgão de soberania.

Vítor Gaspar em silêncio sobre buraco financeiro

Já o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, voltou este sábado a recusar comentar o caso das contas da Madeira, abandonando a reunião de ministros das Finanças da União Europeia, que decorreu ao longo de dois dias em Wroclaw, na Polónia, sem prestar declarações.

«Eu não vou fazer comentários aqui, muito obrigado», limitou-se a dizer, à saída da reunião do Ecofin.

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