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PS: adiamento de audição de Constâncio é «normal»

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O PS confirmou este sábado ter sido informado do adiamento da audição parlamentar do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, para dia 24 deste mês e considerou-o «perfeitamente normal», noticia a Lusa.

«Desde o início sabia-se que a audição não seria imediatamente, exactamente por dificuldades de agenda do governador do Banco de Portugal», salientou, em declarações à agência Lusa, o deputado do PS Vítor Baptista.

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Para o PS, o adiamento para dia 24 é por isso «perfeitamente normal», segundo o deputado do PS, que integra a Comissão de Orçamento e Finanças, onde foi aprovada a audição de Vítor Constâncio sobre a supervisão de operações bancárias do BCP.

Embora a audição tenha sido aprovada com carácter de urgência, «o PS nunca entendeu que fosse uma questão de urgência, urgência, de um dia para o outro», preocupando-se sobretudo em «esclarecer o problema», afirmou Vítor Baptista.

«É importante que as questões fiquem esclarecidas, mas também que as entidades possam desenvolver o seu trabalho com tranquilidade. O próprio governador do Banco de Portugal disse que precisava de tempo para se preparar para a audição», acrescentou.

Na quarta-feira, o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, o social-democrata Jorge Neto, anunciou que «o governador do Banco de Portugal mostrou já disponibilidade para se deslocar à comissão, dia 16 deste mês», um dia após a assembleia-geral do BCP.

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Este sábado, Vítor Baptista confirmou à Lusa ter sido informado de que o governador do Banco de Portugal está afinal disponível para ser ouvido no dia 24. «Essa foi de facto a data que nos foi informada», declarou.

O PSD exigiu no início do mês que Vítor Constâncio prestasse declarações no Parlamento antes do dia 15 de Janeiro, data da assembleia-geral do BCP, defendendo que caso contrário deve sair do cargo.

BE acusa Constâncio de ser pouco transparente

O BE lamentou o adiamento da audição parlamentar de Vítor Constâncio. «Lamentamos, tudo deveria ser feito para manter a data prevista», declarou à agência Lusa o deputado do BE João Semedo.

«Independentemente das razões», para o BE «não é um procedimento muito transparente» de Vítor Constâncio e suscita a interpretação de que quer «adiar para esvaziar o problema, para deixar que seja esquecido».

De acordo com João Semedo, o adiamento da audição «corresponde ao facto de por parte do governador do Banco de Portugal não haver uma consciência muito apurada da necessidade, da urgência dos seus esclarecimentos» e «não é bom, não descansa os portugueses».

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CDS fala em «fragilidade» de governador do Banco de Portugal

Ao ser informado da disponibilidade de Vítor Constâncio para ser ouvido no dia 24, o líder parlamentar do CDS-PP declarou: «Nós contestamos essa data e só podemos tirar a conclusão da enormíssima fragilidade com que se encontra o governador do Banco de Portugal».

«No dia 7 de Janeiro o governador do Banco de Portugal afirmou na televisão que estava disponível para ser ouvido no Parlamento, agora diz que está disponível para no dia 24», salientou Diogo Feio.

Diogo Feio frisou que o requerimento do CDS-PP «aprovado pela maioria socialista» previa a audição «com carácter de urgência» de Constâncio sobre a supervisão de operações bancárias do BCP.

Menezes ameaça Constâncio

O líder do PSD, Luís Filipe Menezes, ameaçou Victor Constâncio com um inquérito parlamentar, caso o governador do Banco de Portugal não vá ao Parlamento, esta semana, esclarecer o seu papel na fiscalização aos bancos.

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