Já fez LIKE no TVI Notícias?

PSD recusa cenário de revolta na bancada

Relacionados

Quebra de disciplina de voto «não faz sentido» para o líder parlamentar Luís Montenegro

O líder parlamentar do PSD recusou, nesta quinta-feira, um cenário de revolta dos deputados contra o Orçamento e respondeu a Manuela Ferreira Leite dizendo que a bancada social-democrata foi solidária quando a ex-ministra das Finanças aumentou impostos.

«Os deputados do grupo parlamentar do PSD pensam pela sua cabeça e têm plena consciência dos desafios da governação e também do seu papel, que é simultaneamente de suporte político do Governo e também de cumprimento do seu mandato com os seus eleitores», afirmou Luís Montenegro aos jornalistas no Parlamento.

PUB

Segundo o líder da bancada social-democrata, os deputados do PSD têm desempenhado essas funções com «sentido construtivo» e com «sentido crítico» e «ajudando o Governo a procurar as melhores soluções». «É assim que será, foi assim que foi sempre», assegurou.

Para Luís Montenegro, um cenário de quebra da disciplina de voto «não faz sentido» e recuou até 2002, quando Manuela Ferreira Leite era ministra das Finanças, para se referir a um aumento de impostos, depois de o PSD ter proposto um «choque fiscal».

«Também nessa altura houve grande contestação dentro e fora do partido, dentro e fora do grupo parlamentar, mas o grupo parlamentar não deixou de estar solidário na construção coletiva dessa decisão. Faremos hoje o que fizemos ontem», disse.

Em entrevista à TVI 24 na quarta-feira, a ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite apelou aos deputados para que não aprovem o Orçamento do Estado para 2013, mesmo que isso lhes custe o mandato.

PUB

Relativamente ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que voltou a falar aos portugueses nesta quinta-feira, Luís Montenegro considerou a «entrevista muito esclarecedora» e que demonstrou ainda um chefe de Governo «sereno», em contraste com a atitude «irresponsável» e de «deriva radical» do líder do PS, António José Seguro, que anunciou o voto contra o Orçamento do Estado para 2013 e admitiu a apresentação de uma moção de censura.

O social-democrata destacou a «abertura do Governo», manifestada por Passos Coelho, para poder aperfeiçoar algumas medidas e «aproximá-las de alguns objetivos, nomeadamente, em termos de justiça social».

«O senhor primeiro-ministro teve ocasião de se referir à modelação que deve envolver a medida que diz respeito à Taxa Social Única no sentido de proteger aqueles que têm mais baixos rendimentos e também no sentido de que o benefício que é dado às empresas possa chegar à economia e possa chegar aos consumidores, nomeadamente, através da baixa de preços», argumentou.

PUB

«Foi uma entrevista muito esclarecedora, de um primeiro-ministro convicto mas igualmente sereno, que contrasta muito com a atitude bem mais entusiasta, mas muito irresponsável por parte do líder do principal partido da oposição, que hoje mesmo anunciou ao país, antecipadamente, antes de conhecer a proposta de Orçamento do Estado, o respetivo voto contrário», defendeu.

O líder da bancada do PSD disse lamentar que «o PS e o seu líder tenham cedido à demagogia e ao populismo mais fácil do momento, que é um momento difícil e grave, em que é preciso ter coragem de afirmar posições e convicções, e tenha preferido o caminho da irresponsabilidade».

«É lamentável e nós apenas registamos esta deriva radical do PS, que se aproxima do discurso político do Bloco de Esquerda e do PCP», acusou.

PUB

Relacionados

Últimas