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Setúbal: vigas do prédio «deslocaram-se»

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Responsável da protecção civil admitiu que facto poderá «pôr em causa algumas partes da zona superior»

O comandante distrital da protecção civil de Setúbal explicou este sábado que estão a decorrer os trabalhos de consolidação do prédio afectado pela explosão de gás na quinta-feira, apesar de manter ainda em aberto a hipótese de ruína do edifício, escreve a Lusa.

«A hipótese de ruir não está afastada porque os escoramentos continuam. O objectivo é consolidar o espaço, amarrar algumas vigas e pilares que se encontram soltos», disse aos jornalistas o responsável, Alcino Marques.

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O comandante, que destacou a rapidez do ministério da Administração Interna e do governo civil de Setúbal na colocação de uma empresa a realizar este trabalho de consolidação da estrutura do edifício, referiu que os andares inferiores podem ter sido afectados.

«Do ponto de vista estrutural, não estão tão afectados [como os andares superiores, praticamente destruídos pela explosão], mas não quer dizer que não seja desencadeado um mecanismo que possa resultar no efeito dominó», acrescentou.

A explosão ocorreu no 11º C, que não estava habitado - segundo disse à Lusa um dos moradores -, no penúltimo andar do prédio, atingindo com maior gravidade os três pisos superiores, mas os restantes andares sofreram danos provocados pelas ondas de choque, principalmente nos vãos das portas e das janelas.

Luís Caturra, um dos moradores do prédio afectado pela explosão, referiu que hoje é um «dia importante» para todos os residentes, que pela primeira vez desde quinta-feira podem entrar nas suas casas para ir buscar alguns bens, depois de assinarem um termo de responsabilidade.

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«É um dia importante para as pessoas, pois foi possível retirar alguns objectos do prédio. Uns têm as casas quase intactas, outros foram despojados de tudo, mas estamos solidários uns com os outros», adiantou.

Partes do prédio "deslocaram-se"»

Uma das partes do prédio de Setúbal onde ocorreu uma explosão quinta-feira ter-se-á deslocado e poderá comprometer a sustentação das partes superiores do prédio, disse o coordenador da Protecção Civil, Alcino Marques.

Um morador do prédio disse à Lusa ter sido impedido de ir a sua casa com a justificação de que uma das vigas cedeu.

Em declarações à Lusa, o responsável da protecção civil admitiu que «tenha havido algum deslocamento» que poderá «pôr em causa, talvez não o prédio, mas algumas partes da zona superior».

Alcino Marques não confirmou que uma viga tenha cedido, mas admitiu que possa ter ocorrido um «deslocamento».

O responsável disse ainda que, por motivos de segurança, as operações de recuperação dos bens dos moradores estão limitadas até ao quarto piso.

«É uma medida de precaução as pessoas irem apenas até ao quarto andar pois, em caso de ordem de evacuação, é mais fácil de se realizar», disse o coordenador da protecção civil.

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