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SOSProfessor relata agressões

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Quarenta por cento das chamadas são de docentes vítimas de violência

Quatro em cada dez docentes que contactaram a Linha SOSProfessor, em funcionamento desde Setembro, admitiram ter sido vítimas de agressões físicas na escola ou nas suas imediações, segundo dados a que a agência Lusa teve acesso.

De acordo com a Associação Nacional de Professores (ANP), que promove a iniciativa, esta linha telefónica recebeu 128 contactos em cinco meses, dos quais 50 (39 por cento) relatando situações de agressão física.

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As agressões físicas, isoladas ou registadas em simultâneo com situações de insultos e indisciplina, constituem, assim, as ocorrências mais denunciadas pelos docentes.

Na maioria dos episódios relatados, a agressão partiu dos alunos (37,2 por cento dos casos) ou dos encarregados de educação (21 por cento), uma realidade já verificada no primeiro balanço de actividade da linha, realizado em Novembro.

O recinto escolar foi o palco principal de violência e indisciplina, em 83,7 por cento dos casos relatados, sendo que 34,1 por cento das situações ocorreram mesmo em plena sala de aula.

A maior parte dos casos denunciados continua a ocorrer no 1º ciclo (antiga primária), que registou 31 por cento das ocorrências, seguindo-se o 2º e 3º ciclos (25,6 por cento) e o ensino secundário, com 15,5 por cento de denúncias.

Lisboa (36 por cento), Porto (28) e Setúbal (13) são os distritos onde se registaram mais casos, à semelhança do que já se verificava nos primeiros meses de actividade da linha telefónica.

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«Fazendo uma análise do último relatório sobre a linha SOSProfessor verificamos que o número de situações comunicadas mantém o mesmo ritmo, considerando que houve interrupção das actividades lectivas no Natal e Carnaval, com a particularidade de surgirem situações em novos distritos, como Coimbra e Leiria, e nas regiões autónomas», explicou o presidente da ANP, João Grancho.

Do outro lado da linha, professores, psicólogos, juristas e especialistas em mediação de conflitos e mediação escolar constituem a equipa de técnicos que está acessível através do número 808.96.2006, todos os dias úteis, entre as 11:00 e as 12:30 e entre as 18:30 e as 20:00.

Esta linha confidencial, promovida em parceria com a Universidade Lusófona do Porto e com a Liberty Seguros, conta com um serviço de mensagens, estando ainda disponível um endereço de e-mail (sosprofessores@anprofessores.pt) para os docentes poderem expor os seus casos.

Segundo dados do Observatório da Segurança Escolar divulgados esta semana no Parlamento, no passado ano lectivo foram contabilizadas 390 agressões a professores nas escolas e arredores, o que dá uma média diária superior a dois casos, tendo em conta que há 180 dias de aulas por ano.

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