Pinhal pede sigilo e diz que há factos a tratar só em sede própria

O ex-presidente do BCP, Filipe Pinhal, pediu esta quinta-feira sigilo e disse mesmo que há factos a tratar apenas em sede própria.

«Há factos que só podem ser respondidos em sede própria, é o caso do Banco de Portugal, CMVM e procuradoria geral da república», disse o responsável, que está a ser ouvido esta quinta-feira no Parlamento.

No entender do ex-presidente do BCP, esta opção «não significa quebra de lealdade ou um menor apreço em relação aos deputados ou falta de rigor».

«Devo prestar informações em sede própria, não posso fazer declarações neste canal (parlamento) que tem a publicidade que tem», disse ainda.

Não revela o que tratou com supervisão

O responsável chamou ainda a atenção de que não vai revelar as questões que foram tratadas com os orgãos de supervisão, dado o relacionamento directo que tem com as mesmas, pelo que «não devo tornar públicas matérias que foram objecto dessas sessões privadas».

O antigo líder do BCP recorda que foi dirigente do banco entre 31 de Agosto (no dia em Paulo Teixeira Pinto demitiu-se) e 15 de Janeiro.

Com estas informações, Pinhal esclare a notícia que foi avançada na comunicação social e que revelavam que «era uma fraca testemunha».

«Fui presidente por um período escasso. Não tive conhecimento aprofundado de certas matérias que não eram da minha responsabilidade directa antes do dia 31 de Agosto», acrescentou Filipe Pinhal.

A audição do ex-presidente do conselho de administração do BCP foi proposta pelo PSD. Esta será, assim, a quarta audição parlamentar feita sobre a esta matéria.