Benfica: orçamento para 2024/25 aprovado por margem curta - TVI

Benfica: orçamento para 2024/25 aprovado por margem curta

Assembleia Geral Extraordinária do Benfica (foto: twitter "Movimento Servir o Benfica")

Proposta da direção do clube recolheu a aprovação de 47,61 por cento dos sócios, mas 43,2 por cento votaram contra. Longo dia terminou já depois das 23h00, com Rui Costa a pedir «paz» debaixo de muita contestação

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(artigo atualizado às 00h30 de 16/06/2024)

O orçamento do Benfica para a temporada de 2024/25 foi aprovado por uma curta margem na Assembleia Geral realizada este sábado no Estádio da Luz, após uma longa maratona para cerca de cinco mil sócios que participaram em duas reuniões magnas, marcadas por muita contestação, ao longo deste sábado.

Segundo os números divulgados pelo clube, a proposta da direção foi aprovada com 47,61 por cento dos votos a favor e 43,2 por cento contra, numa votação que contou ainda com 9,19 por cento de abstenção.

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O orçamento agora apresentado, aprovado pelos cerca de cinco mil sócios que estão na AG, prevê rendimentos de 67 milhões de euros e gastos de 62,5 milhões de euros, apontando para um resultado positivo de 4,5 milhões no final da próxima época.

Foi um dia em cheio para os sócios do Benfica, com duas assembleias gerais no mesmo a dia. A primeira, de carácter extraordinário, ficou marcada por um atraso de hora e meia devido à adesão massiva de adeptos ao Pavilhão da Luz que levou a que a segunda assembleia, neste caso ordinária, fosse alterada para o relvado da Luz, onde foi montado um palco virado para as bancadas, onde se posicionaram os adeptos.

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Aa primeira assembleia, em que foi aprovada a proposta de metodologia para discussão e votação das propostas de alteração dos Estatutos do clube, já ficou marcada por pedidos de demissão e apupos dirigidos a Rui Costa. 

Na segunda assembleia geral, na parte da tarde, Rui Costa voltou a dirigir-se aos sócios que, por sua vez, também puderam pronunciar-se sobre o estado atual do clube.

Nesta segunda reunião magna, foram aprovadas as atas relativas às AG anteriores e também o orçamento para a próxima época.

A noite terminou já depois das 23h00, com Rui Costa a dirigir-se novamente aos associados quando os restantes elementos dos órgãos sociais já tinham descido do palco montado no relvado do Estádio da Luz.

Debaixo de muita contestação de adeptos insatisfeitos, o presidente das águias procurou justificar, entre outros temas, a data da entrega da auditoria forense, na véspera das duas assembleias (a primeira extraordinária). «Vocês falaram o dia todo de processos. E muitos desses processos de que falámos hoje foi derivado ao facto de eu ter posto a auditoria ontem a circular. Caso contrário, vocês chegariam aqui e iam perguntar-me quando é que eu apresentava a auditoria e porque é que eu não a apresentava. A auditoria foi apresentada e só falámos de processos. Podem julgar estas pessoas todas e podem continuar a julgar-me pelo passado do Benfica. (...) Quando foi a última eleição, todos nós sabíamos, por via dos emails e por todos os outros processos - até pela razão pela qual eu virei presidente e pela qual nós perdemos o último presidente - (...) foi dito que nós teríamos este fardo pela frente», disse o presidente do Benfica.

Rui Costa lembrou que tudo isso já era sabido nas eleições que o elegeram em 2021 como novo presidente do Benfica com cerca de 85 por cento dos votos. «Não estamos a falar de uma coisa que nasceu hoje, de processos que nasceram hoje. Durante toda a tarde falou-se de processos. Cheguei a ouvir que continuamos com as buscas. Em três anos de mandato não houve rigorosamente nada. Não estou a vangloriar-me por isso. (...) Mas não estejam a dizer que estes processos todos têm a ver com esta direção, porque não têm», disse, saindo em defesa de outros membros dos órgãos sociais que transitaram da anterior direção de Luís Filipe Vieira.

Debaixo de assobios e apupos, o presidente do Benfica terminou a declaração, fazendo votos de que a época que se aproxima seja «de paz».

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