A redução da Taxa Social Única (TSU) não vai avançar e o ministro das Finanças, na conferência de imprensa de apresentação do Orçamento do Estado para 2012, explica porquê: «A descida da TSU é uma medida que tem um potencial grande para melhorar a competitividade de uma economia, mas no caso português tinha duas condicionantes fortes: a primeira e mais importante, é que dada a falta de margem de manobra orçamental, a redução teria de ser relativamente pequena, para ser financiável com uma subida moderada de impostos, dado que o esforço fiscal está já a ser elevado».
Ou seja, para Vítor Gaspar «uma descida pequena não teria um efeito muito grande na competitividade portuguesa».
O segundo aspecto que o ministro destaca para deixar cair a medida, tão defendida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no programa de assistência português, prende-se com o facto de não ter sido ainda testada.
«A redução da TSU é uma medida que funciona muito bem no quadro dos modelos que se usam na universidade - mas que não foi usada por nenhum país para ganhar competitividade, e por isso é uma opção política não testada».
O ministro considera que a medida não seria «promissora», porque teria «efeitos particularmente incertos e porque seria limitada por condicionantes orçamentais».
Veja aqui todas as outras medidas que constam do Orçamento do Estado para 2012: aumentos de impostos, cortes de deduções, etc.
Ministro explica porque deixou cair a TSU
- Judite França
- 17 out 2011, 19:45
Medida teria efeito diminuto em Portugal. E funciona bem «na universidade»
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