RTP vai reestruturar dívida - TVI

RTP vai reestruturar dívida

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Juros totalizaram quase 4 milhões de euros em 2014, relevou presidente da estação pública

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O presidente da RTP, Gonçalo Reis, afirmou esta quarta-feira que a empresa tem uma proposta de um consórcio de quatro bancos portugueses para reconfigurar "a dívida bancária em moldes mais atrativos", a qual está em análise pelo IGCP.

A administração da RTP foi ouvida na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação sobre o relatório e contas de 2014 e o plano de atividades e orçamento para este ano.

A RTP tem uma proposta de um "consórcio firme de quatro bancos" - BPI, Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e Montepio - "para reconfigurar a dívida bancária em moldes mais atrativos", o que inclui o instrumento financeiro Eurogreen e alguns créditos de curto prazo, estes últimos para passarem para "médio prazo em condições mais favoráveis". Esta proposta está "em avaliação pelo IGCP", acrescentou.

À margem da audição, o presidente da RTP adiantou que a empresa colocou à venda oito instalações, que estavam abandonadas e sem qualquer tipo de função, das quais dois já estão em processo final de alienação.

Relativamente às contas do ano passado, o presidente da RTP, que assumiu funções em fevereiro de 2015, adiantou que em 2014 a empresa "não estava em situação de sustentabilidade financeira", apesar de ter tido um resultado operacional positivo de 1,6 milhões de euros. Isto porque os juros totalizaram os 3,9 milhões de euros.

"Estamos a trabalhar para a sustentabilidade financeira já em 2015", disse, prevendo que durante este ano os custos operacionais consigam cobrir os encargos com os juros e investimentos.

"A execução orçamental até maio permite-nos" estimar que "a RTP vai baixar os custos operacionais em 2015" e que estes sejam "de facto suficientes para cobrir os encargos com os juros", disse.


Questionado pelo PCP porque é que não apresentou um orçamento retificativo para este ano, o presidente da RTP disse que tal não faria sentido, e recordou que a atual administração entrou em funções em fevereiro.

"Estamos em junho e em breve vamos trabalhar no orçamento de 2016, é sabido que entrámos em fevereiro", depois houve ainda o tempo da aprovação das direções de conteúdos pela entidade reguladora ERC, disse, para explicar porque razão não fizeram um orçamento retificativo.

"Estamos confortáveis com o plano de atividades que apresentámos", sublinhou.

Competições desportivas


Gonçalo Reis reiterou ainda a intenção de sublicenciar parte dos direitos das competições desportivas para cobrir os custos dos mesmos.

Sobre os direitos da Liga dos Campeões de futebol, o presidente disse, em resposta aos deputados: "Nunca disse que era um bom contrato, disse que era um bom conteúdo".

Quanto aos custos elevados que a RTP paga à PT pela televisão digital terrestre (TDT), Gonçalo Reis adiantou que a empresa já analisou a situação com a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom), mas que o processo "está blindado".

"Analisámos realmente a situação, reunimos com a Anacom" para que interviesse neste dossiê, disse.
No entanto, a RTP tem um contrato "com a PT com vários anos e é um custo significativo", acrescentou, explicando que o tema está "blindado" já que existe "um contrato com determinadas condições".

Gonçalo Reis defendeu que a RTP "deve contribuir para valorizar a oferta da TDT em Portugal".


 

 

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