Greve: Galp «não gosta de discutir sempre a mesma coisa» - TVI

Greve: Galp «não gosta de discutir sempre a mesma coisa»

Galp

Mas presidente da empresa reconhece que greve é um direito. Com ou sem paralisação, Tupi, Angola e Espanha foram contributos decisivos para a duplicação dos lucros

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Os trabalhadores da Galp estão prestes a entrar novamente em greve, para reclamar aumentos salariais e exigir a distribuição dos lucros obtidos pela petrolífera no ano passado. Uma ideia que desagrada o presidente executivo da empresa que diz não gostar «de estar sempre a discutir a mesma coisa».



Ainda assim, Ferreira de Oliveira reconhece que a greve «é um direito constitucional», sublinhando que «nunca fecharam negociações». «O que não gostamos é de estar sempre a discutir a mesma coisa. Mas discutir e partilhar faz parte do nosso ADN», acrescentou num encontro com jornalistas, para apresentar os resultados do primeiro trimestre.

Petróleo mais caro beneficiou Galp em 15 milhões



Acerca do balanço da última greve, o responsável confessa que essa teve «um impacto mínimo porque as margens de refinação estão de rastos».



Apesar da contestação, a empresa mais do que duplicou os lucros para 98 milhões de euros, nos primeiros três meses deste ano.



Tupi, Angola e Espanha reforçam resultados



Além dos negócios do Tupi, no Brasil, e de Tombua-Lândana, em Angola, a Galp está a dar cartas no mercado do gás natural. Se em Portugal cresceu 5% - «o que representa um terço do que a Galp vende em petróleo» -, Espanha também contribuiu para os bons resultados da empresa. «Já temos 2.800 pessoas empregadas» no país vizinho com o «fecho da operação da aquisição» da Gás Natural em Madrid.



Mas a empresa ainda vende «oito vezes mais em Portugal do que em Espanha. Lá, ainda há muito a fazer para atingir um equilíbrio». Mas garantiu que «não é preciso crescer muito em quota de mercado para aproximarmos os volumes [dos dois países]». Mais, o mercado energético «é caracterizado por alguma inércia, não é para crescer depressa, é para crescermos paulatinamente».



O investimento em Espanha «traz-nos 400 mil clientes de gás natural e 8 mil de electricidade», ou seja, «um consumo maior». A Galp já «serve 15% dos clientes ibéricos de gás» e o objectivo é que a «plataforma cresça em Espanha para, a longo prazo, equilibrar os mercados».
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