Segurança Social prevê recuperar 400 milhões em dívidas - TVI

Segurança Social prevê recuperar 400 milhões em dívidas

Helena André, ministra do Trabalho e Solidariedade Social

Programa + Viável já foi lançado

Relacionados
O Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social espera cobrar este ano 400 milhões de euros do total em dívida, que ronda os três mil milhões de euros, ao abrigo do programa + Viável, lançado este domingo em Évora.

«Não há qualquer perdão de dívida. As dívidas terão de ser pagas na integralidade, mas através de um programa que é muito mais favorável, tanto para as empresas, como para as pessoas singulares», afirmou a ministra do Trabalho e da Segurança Social, citada pela Lusa.

Este programa, em comparação com o anterior Viável, lançado em 2007, prevê o aumento do número de prestações, passando de 60 para 120 meses, e a redução das taxas de juro para entre 1 e 3%, dependendo do montante das dívidas e das garantias dos devedores.

Trata-se de «uma resposta àquilo que são as condições económicas actuais do país e à grande preocupação que temos em que as empresas têm de ser viáveis, porque são fundamentais para manter ou para criar novos postos de trabalho, mas, ao mesmo tempo, têm que cumprir com as suas obrigações em relação à Segurança Social», disse.

Dívidas elevadas têm de ser cobradas

Adiantando que a dívida global à Segurança Social ronda os três mil milhões de euros, Helena André apontou «a necessidade de se criarem condições para que as dívidas elevadas sejam cobradas».

«Temos as cobranças coercivas, mas, do nosso ponto de vista, há mais vantagens em podermos celebrar acordos com os devedores, porque essa é uma forma de ir também ao encontro daquilo que são as necessidades dos próprios devedores», considerou a titular da pasta da Segurança Social.

Helena André disse ter a noção de que «existem momentos na vida das empresas e das pessoas que impossibilitam um cumprimento regular das suas dívidas», contundo, a Segurança Social «não pode admitir que esse incumprimento se transforme em algo que nunca é regularizado».

«Tudo aquilo que for cobrado através destes programas é benefício para o Estado, mas também para os contribuintes, porque o papel da Segurança Social é a redistribuição por toda a sociedade», concluiu.
Continue a ler esta notícia

Relacionados