O Governo chinês voltou a criticar esta terça-feira o encontro de responsáveis políticos com o Dalai Lama depois da chanceler alemã Angela Merkel ter anunciado que receberá no seu próprio gabinete o líder tibetano no exílio, noticia a Lusa.
«A nossa posição é clara e mantém que o Tibete sempre foi parte da China e é por isso um assunto interno do nosso país», disse Jiang Yu, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
Jiang repetia assim a posição que Pequim manifestou na semana passada quando criticou o parlamento português por receber o Dalai Lama na visita a Portugal, entre 12 e 16 de Setembro.
A porta-voz chinesa, em conferência de imprensa de rotina, apelou também à chanceler alemã para que não receba o Dalai Lama e reiterou o ponto de vista de Pequim, afirmando que «o Dalai Lama não é um simples líder religioso e, ao envolver-se em actos separatistas, tentou separar o Tibete da pátria chinesa».
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês convocou o embaixador alemão em Pequim, Michael Schäfer, para apresentar um protesto formal contra o encontro entre Merkel e o Dalai Lama, marcado para 23 de Setembro.
Merkel será a primeira chefe do governo da Alemanha a receber formalmente o Dalai Lama, a autoridade máxima política e religiosa tibetana, exilado desde que a China anexou militarmente o Tibete em 1959.
«O Dalai Lama não é um simples líder religioso»
- Portugal Diário
- 18 set 2007, 11:45
China censura encontro entre a chanceler alemã e o líder tibetano
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