Fidel Castro receia que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, seja assassinado à ordem do «império» norte-americano ou da «oligarquia», e apoiou o homólogo aliado na altercação que o opôs ao rei de Espanha em Santiago do Chile.
«Tendo em vista as circunstâncias actuais e a vitória ideológica de grande alcance» de Chávez, «um assassino a soldo do império, uma oligarquia aviltada pelos reflexos semeados pela máquina publicitária imperial, ou um homem perturbado mentalmente, pode pôr fim à sua vida», escreve o líder cubano numa «reflexão» publicada na imprensa oficial.
«É impossível não termos a impressão de que o império e a oligarquia fazem o impossível para conduzir Chávez a um beco sem saída e ao alcance de um tiro», acrescenta o dirigente cubano, afastado do poder pela doença há mais de 15 meses.
Comentando o regresso do presidente venezuelano a Caracas depois da Cimeira Ibero-Americana de Santiago do Chile, Fidel Castro aconselha o seu aliado a «continuar a lutar correndo riscos, mas não a brincar todos os dias à roleta russa ou à cara ou coroa».
Em Santiago «ocorreu um Waterloo ideológico quando o rei de Espanha pediu a Chávez de forma abrupta: Porque não te calas?», considerou Fidel Castro.
«Nesta altura, todos os corações da América Latina vibraram. O povo venezuelano (...) fremiu vivendo de novo os dias gloriosos de Bolívar», acrescentou o presidente cubano.
A Cimeira Ibero-Americana terminou sábado em Santiago com uma viva altercação entre o chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, e Hugo Chávez, que, desde a sua chegada, chamara «fascista» várias vezes ao antecessor conservador de Zapatero, José Maria Aznar.
O rei Juan Carlos tentara refrear o presidente venezuelano exclamando visivelmente enfadado: «Por que não te calas?».
Fidel receia que Chavéz seja assassinado
- Portugal Diário
- 13 nov 2007, 22:15
Cubano apoio o homólogo na altercação que o opôs ao rei de Espanha
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