O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, disse não estar «inteiramente satisfeito» com a investigação da morte da antiga primeira-ministra, e sua opositora, Benazir Bhutto. O governante negou ainda que os serviços de inteligência do seu país estejam a «ocultar segredos» sobre o atentado que a vitimou.
Esta posição de Musharraf - que tem estado sob intensa pressão depois do atentado de 27 de Dezembro - foi acompanhada pela aceitação da colaboração de uma equipa de investigadores britânicos da Scotland Yard, que vão acompanhar o caso.
Durante uma conferência de imprensa, quando confrontado com as acusações por parte dos apoiantes de Bhutto sobre um alegado envolvimento na sua morte, o presidente paquistanês mostrou-se indignado. «Francamente, considero esta questão um atentado contra a minha dignidade. Não sou um chefe feudal ou tribal, pertenço a uma família extremamente civilizada e educada, com valores que reprovam o assassinato de pessoas ou a conspiração», garantiu.
Até agora, a versão das autoridades aponta a Al Qaeda como autora do ataque. Mas o máximo responsável do grupo no Paquistão já negou qualquer envolvimento com o caso.
Musharraf também comentou o facto de o local onde Bhutto foi assassinada ter sido limpo rapidamente, após o ataque, com a possibilidade de terem sido eliminadas provas importantes para a investigação. «Não o fizeram com intenção de ocultar segredos», apontou, dizendo que os serviços secretos não mandaram esconder «qualquer provas ou indícios».
![Bhutto: Musharraf insatisfeito com investigação - TVI Bhutto: Musharraf insatisfeito com investigação - TVI](https://img.iol.pt/image/id/7952696/400.jpg)
Bhutto: Musharraf insatisfeito com investigação
- Portugal Diário
- 3 jan 2008, 18:56
![Pervez Musharraf (EPA)](https://img.iol.pt/image/id/7952696/1024.jpg)
Presidente nega qualquer tentativa de «ocultar provas» por parte dos serviços secretos
Relacionados
Continue a ler esta notícia