Timor: os «reles cobardes» da ONU - TVI

Timor: os «reles cobardes» da ONU

  • Portugal Diário
  • 14 fev 2008, 13:20
Major Alfredo Reinado morto (foto Lusa)

Acusação é feita pelo irmão de José Ramos-Horta, que denunciou a demora no socorro

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O irmão do presidente timorense, Arsénio Ramos-Horta, acusou esta quinta-feira as forças de segurança da ONU de se comportarem como «reles cobardes», denunciando que preferiram esconder-se em vez de prestarem socorro ao presidente ferido pelos rebeldes, noticia a agência Reuters.

Arsénio Ramos-Horta, que se encontra em Darwin a visitar o seu irmão, revelou que teve de ser ele a carregá-lo em braços porque as tropas das Nações Unidas se recusaram a ajudar.

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«Deviam ter vindo de imediato para que não se perdesse tempo. São uns reles cobardes», disse à agência noticiosa.

O irmão do presidente encontrava-se na zona da residência oficial quando o tiroteio começou entre guardas presidenciais e os rebeldes liderados por Alfredo Reinado, que acabaria por morrer.

Cronologia de uma manhã sangrenta

As Nações Unidas rejeitam estas acusações e que o presidente fora abandonado sem ajuda por cerca de 30 minutos, garantindo que entre o pedido de socorro e a chegada da ambulância decorreram apenas dois minutos. A primeira chamada telefónica de emergência foi recebida às 6h59, hora de Díli, e a polícia da ONU chegou pelas 7h15, tendo Ramos-Horta sido localizado junto a uma vedação de canas às 7h23. A ambulância chegou às 7h25.

Apesar desta cronologia dos factos veiculada pela ONU, Arsénio considera que «Eles deviam ter agido mais depressa, não ficar sentados no passeio», refere, acrescentando não ter dúvidas de que o irmão estaria em «melhor condição física», caso isso não tivesse acontecido.

Rumores sobre o plano de Reinado

Em Díli correm rumores sobre os planos do duplo atentado concertado ao primeiro-ministro, Xanana Gusmão, e ao presidente da República, Ramos-Horta, que o feriu gravemente. De acordo com o repórter da TVI no local, o plano do major Alfredo Reinado seria raptar Ramos-Horta e matar Xanana Gusmão, de forma a provocar a queda do Governo e convocação de eleições em Timor-Leste.

O estado de saúde de Ramos-Horta, que ainda se mantém em coma induzido, está estacionário.
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