O halterofilista norueguês Stian Grimseth foi afastado dos Jogos Olímpicos de Sydney, por ter acusado nandrolona num controlo anti-doping. É mais um escândalo de doping no halterofilismo olímpico, depois da exclusão de toda a equipa romena.
Grimseth diz que não consumiu a substância, um esteróide, e que a presença no seu organismo se deve a um composto alimentar, mas as justificações não evitaram a sua suspensão.
Antes de Grimseth, três outros halterofilistas, dois romenos e um de Taiwan, tinham acusado positivo. Além deste desporto, também um pugilista iraniano e uma nadadora do Cazaquistão tinham sido excluídos por doping nestes Jogos.
Já são assim seis os casos positivos, nos Jogos que querem ser os mais «limpos» de sempre e são os primeiros a introduzir análises ao sangue para detectar substâncias proibidas.
A questão dos halterofilistas romenos teve outras consequências, porque foi o terceiro caso positivo para o país na mesma modalidade e no mesmo ano, o que, de acordo com o regulamento da federação internacional de halterofilismo, obriga à exclusão de todos os atletas do país.
O mesmo regulamento prevê que a sanção possa ser levantada mediante o pagamento de uma multa de 50 mil dólares, mas o Comité Olímpico Internacional recusa-se a ceder.
Quem continua à espera de uma decisão favorável sobre outro processo de doping é o alemão Dieter Baumann, que ainda não sabe se poderá competir em Sydney. O campeão olímpico dos 5000 m, que também acusou nandrolona num controlo, no ano passado, alega que a substância foi introduzida na sua pasta de dentes. Apoiado pela federação alemã, Baumann recorreu, mas a posição da Federação Internacional de Atletismo tem-lhe sido desfavorável.