Funcionários da Varig vencem leilão para comprar companhia

A proposta, apresentada no Rio de Janeiro, foi a única e não alcançou o preço mínimo determinado pelas regras do leilão, que era de 680 milhões de euros, segundo a «Lusa».

O juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa, vai analisar a viabilidade da proposta apresentada, no período de 24 horas.

A Aero-LB, participada pela TAP e pela Geocapital, pagou 20 mil euros (60 mil reais) para levantar o caderno de encargos e aceder à sala de informações da Varig, mas não participou do leilão.

Nenhum investidor apresentou proposta na primeira fase do leilão, que determinava o pagamento mínimo por toda a companhia (actividades brasileira e estrangeira), denominada Varig Operações. O investidor poderia ainda apresentar uma oferta apenas para a operação brasileira da companhia, denominada de Varig Regional, com preço mínimo de 553 milhões de euros, o que não aconteceu.

Tribunal tem 24 horas para avaliar proposta

Foi então iniciada a segunda fase do leilão, na qual os investidores apresentaram lances livres, vencida pela NV Participações, representante dos trabalhadores do grupo Varig (TGV).

Participaram ainda do leilão as empresas brasileiras TAM, GOL Linhas Aéreas, OceanAir e a Céu Azul, formada pelo fundo norte-americano Brooks Field.

O futuro controlador da Varig não se responsabilizará pelas dívidas laborais e tributárias da companhia aérea, actualmente em cerca de 2,3 mil milhões de euros (sete mil milhões de reais).

A empresa vencedora do leilão da Varig terá que efectuar um pagamento de 60 milhões de euros, em até três dias após a aquisição.