Mediterrâneo: uma consequência das «políticas de guerra» da UE - TVI

Mediterrâneo: uma consequência das «políticas de guerra» da UE

Imigrantes tentam chegar à Europa (Abril 2015, arquivo, EPA/Lusa)

Acusação feita pelos deputados do PCP no Parlamento Europeu

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Os deputados do PCP no Parlamento Europeu lamentaram esta terça-feira as mortes nos recentes naufrágios no Mediterrâneo, considerando-as consequência das «políticas de guerra, ingerência e domínio económico» das potências da UE e da NATO em África e no Médio Oriente.

«Os deputados do PCP no Parlamento Europeu responsabilizam a União Europeia e a sua criminosa política de imigração por mais esta tragédia, a maior envolvendo imigrantes no Mediterrâneo.»


Segundo os deputados, estas tragédias «que já vitimaram dezenas de milhares de seres humanos nos últimos anos, são inseparáveis das políticas de guerra, ingerência e de domínio económico que as principais potências da UE e da NATO desencadeiam no continente africano e no Médio Oriente».

No entender dos comunistas portugueses, estas políticas provocaram «gigantescas ondas de refugiados de guerra e um êxodo em massa que foge da fome e da pobreza extrema».

O PCP diz que a resposta da União Europeia e de vários governos a esta tragédia foi «cínica» e escamoteou «as reais razões da imigração em massa do continente africano», que «radicam no próprio funcionamento do sistema capitalista».

O partido diz que Bruxelas quer «aprofundar uma visão instrumental e securitária da imigração no quadro da chamada política europeia de vizinhança» e que se está a expor à extrema-direita.

«Contribuindo objetivamente para o aprofundamento do problema, [estas políticas] abrem simultaneamente o campo às forças xenófobas, racistas e de extrema-direita.»


No fim de semana passado, cerca de 800 imigrantes morreram em naufrágios de embarcações que largaram da Líbia com destino a Itália.


Nos dias anteriores, 400 pessoas morreram na terça-feira, 14 de abril, e 50 na sexta-feira, além de números mais baixos registados quase diariamente.

De acordo com a Organização Internacional de Migrações (OIM), entre 1 de janeiro e 21 de abril do ano passado registaram-se 56 mortes de imigrantes no Mediterrâneo, enquanto este ano o número é 30 vezes superior
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