«O momento PS da tarde» - TVI

«O momento PS da tarde»

João Semedo

Socialistas voltam a colocar em causa a isenção do relator. Oposição queixa-se da atitude do PS na comissão de inquérito

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Os deputados da oposição já lhe chamam «o momento PS», conforme desabafou Pedro Duarte (PSD) esta terça-feira, durante a comissão de inquérito, quando Manuel Seabra (PS) voltou a colocar em causa a isenção do relator João Semedo (BE).

O bloquista fazia perguntas ao ex-presidente da Media Capital, Pais do Amaral, pretendendo fazer a analogia entre a sua venda de capital à Prisa em 2005 e a intenção da da PT comprar a TVI em 2009, quando o socialista Manuel Seabra se insurgiu quanto à «transmissão de opinião» e não de factos.

«Se ontem levantámos um incidente de suspeição em relação ao relator, hoje ainda faz mais sentido», afirmou.

«Ora aí está o momento PS da tarde», desabafou Pedro Duarte, que já de manhã tinha revelado que os deputados da oposição se referiam desta forma aos «incidentes» levantados pelo PS.

João Oliveira, do PCP, também criticou o PS por «querer impor a lei da rolha nos deputados», enquanto João Almeida, do CDS-PP, pediu aos socialistas para terminarem com o «clima de suspeita» sobre o relator.

O próprio João Semedo considerou este episódio como uma «tentativa censória em relação a um deputado».

«Não é a primeira vez que a PT se interessa pela Media Capital»

Mais tarde, o PS abdicou de fazer perguntas a Pais do Amaral, que assistia impávido e sereno à discussão entre os deputados. «[Pais do Amaral] não tinha nada a ver com a PT, a Prisa, a Media Capital ou a TVI à data dos acontecimentos que são objecto desta comissão de inquérito», justificou a deputada Ana Catarina Mendes.

Um atitude que João Semedo classificou de «má criação partidária». No entanto, quem aproveitou foi o PSD, que, baseando-se na cedência de tempo do PS ao PCP na véspera, pediu aos socialistas para cederem o seu tempo aos sociais-democratas para uma última pergunta.

Os deputados da bancada do PS olharam para o coordenador Ricardo Rodrigues, que acenou um «sim» com a cabeça e Pacheco Pereira (PSD) lá fez a última questão.
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