PS: Vitalino Canas critica momento do apelo de Seguro - TVI

PS: Vitalino Canas critica momento do apelo de Seguro

Vitalino Canas

Dirigente do PS diz que apelo a uma «maioria política e social» «não tem condições para ser correspondido»

Relacionados
O dirigente do PS Vitalino Canas criticou o momento escolhido pelo deputado socialista António José Seguro para fazer um apelo a uma «maioria política e social», 24 horas depois da abertura de uma crise política.

Na Assembleia da República, António José Seguro defendeu um compromisso para uma «maioria política e social» e desejou que na campanha eleitoral sejam mantidos «níveis de confiança mínimos» entre os partidos para que «esse entendimento possa acontecer no futuro».



«O meu desejo é que a próxima campanha eleitoral conserve os mínimos de confiança essenciais para que esse entendimento possa acontecer no futuro», afirmou António José Seguro, apontado como um potencial candidato à sucessão de José Sócrates no cargo de secretário-geral do PS.

Na sequência desta declaração, Vitalino Canas, membro do Secretariado Nacional do PS, considerou que esse apelo «não tem condições para ser correspondido».

«Esse apelo foi feito insistentemente pelo Governo e pela direcção do PS e a resposta foi a formação de uma coligação negativa, na quarta-feira, na Assembleia da República, aprovando de forma concertada resoluções contra o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e abrindo uma crise política no país», contrapôs Vitalino Canas.

Vitalino Canas disse que, em vez da maioria política e social defendida por Seguro, «o que se registou na quarta-feira, na Assembleia da República, foi uma coligação alargada contra o PEC».

«Feito nesta altura, esse apelo [de António José Seguro] deveria ter sido claramente apenas dirigido à oposição», disse.

«É uma boa intenção, mas isso implicaria passos sérios por parte dos outros partidos», acrescentou.

Outros membros do Secretariado Nacional do PS e presidentes federativos próximos de José Sócrates contactados pela agência Lusa escusaram-se a assumir publicamente críticas à posição defendida por António José Seguro, embora todos eles não tenham escondido o seu incómodo por ser alegadamente «inoportuna», «desenquadrada com a realidade» e «puramente táctica» em termos de médio prazo.
Continue a ler esta notícia

Relacionados