Fábio Coentrão dá autógrafos a Sócrates - TVI

Fábio Coentrão dá autógrafos a Sócrates

Multidão em Caxinas para receber caravana socialista

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Fábio Coentrão e vários jogadores do Rio Ave estiveram esta manhã numa arruada socialista em Caxinas, praia de pescadores de Vila do Conde, que se habituou a receber com entusiasmo as caravanas socialistas em campanhas eleitorais, respondendo com os banhos de gente e convicção mais próprios do tempo do PREC. Varinas dançam frente às câmaras de TV; mulheres e crianças, velhos e novos correm para agarrar uma bandeira, uma camisa, um boné. O que Sócrates vem dizendo sobre as eleições, aqui aplica-se à propaganda: «Desta vez é a sério, é mesmo sério».



Este sábado, José Sócrates teve de dividir protagonismo com estrelas da bola. Depois de percorrer uma rua quase esmagado pela multidão que queria «botar-lhe a mão», subiu ao palco montado num camião, que o acompanha por todo o lado, para agradecer «especialmente ao Fábio Coentrão, «um jovem que quis subir na vida». Antes disso, o futebolista do Benfica era acarinhado pela população, que lhe gritava, «assim se vê a força do PS». À TSF, questionado sobre se estava ali por causa de Sócrates e por ser socialista, o jogador respondeu que se tinha deslocado ali a convite do autarca de Vila do Conde, Mário Almeida, e que o facto de estar presente naquela acção de campanha não queria dizer que era socialista. No palco, o autarca de Vila do Conde disse que todos os jogadores estavam ali «porque quiseram»

«Ele é mais popular na minha casa do que eu na casa dele. Os meus filhos não me perdoavam se não levasse um autógrafo», admitiu José Sócrates. Já com o discurso terminado e com mais jogadores em palco do que políticos (José Magalhães, secretário da Justiça, não teve lugar), e com várias mulheres a invadirem o palanque para o abraçarem, José Sócrates pediu um bloco e uma esferográfica a um jornalista para que o jogador pudesse concretizar o pedido que os filhos lhe fizeram. Sócrates queria levar dois autógrafos, mas não ia preparado.

Já como carro ligado, o líder socialista ainda chegou a sentar-se no banco da frente para seguir viagem para Amarante enquanto o povo se despedia e gritava por «Zé Socas». Mas Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde e organizador da comitiva de futebolistas, batia-lhe agora no vidro da porta do carro. José Sócrates acabou por sair da viatura. Afinal, parece que lhe faltava ainda mais um cumprimento.

Era uma mulher, Ana Paula Oliveira, 41 anos. Disse-nos ainda emocionada que pediu uma cunha a Mário Almeida para poder dar um abraço ao candidato socialista. «Sou aqui de Vila do Conde e nunca tinha tido a oportunidade. Admiro-o», dizia ela, com o marido ao lado a acrescentar: «...a preserverança dele». Questionada sobre como é que tinha conseguido tirar um primeiro-ministro do carro para a cumprimentar, Ana Paula encolhia os ombros e lá ia dizendo conhecer «José Lello», «Mário Almeida»... Ainda perguntámos ao marido se era jogador de futebol, alguma glória da bola que nos estivéssemos a esquecer, mas nada disso: «I`m nobody», disse.
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