Sócrates, o «treinador que perde sempre» - TVI

Sócrates, o «treinador que perde sempre»

«Conhecem alguma equipa que baixe de divisão e que perca todos os jogos vá buscar o mesmo treinador para todos os campeonatos? Eu não conheço!»

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A jogar «em casa», Passos Coelho fez em Vila Real uma metáfora futebolística e comparou José Sócrates a um treinador de futebol que perde sempre e leva o clube a baixar de divisão. «Conhecem alguma equipa que baixe de divisão e que perca todos os jogos vá buscar o mesmo treinador para todos os campeonatos? Eu não conheço!», afirmou perante as mais de mil pessoas entusiasmadas que encheram o largo da Capela Velha em Vila Real.

«Hoje as pessoas sabem que em Portugal, o que estamos a jogar nem é futebol. O que estamos a jogar é uma coisa muito séria: o nosso futuro. Em seis anos este governo, criou uma dívida pública de mais de 80 mil milhões de euros, quase o que pediu emprestado», afirmou, recebendo da plateia, onde se encontravam a irmã e o pai do candidato, um forte aplauso.



Passos Coelho acusou o Governo de José Sócrates de se ter feito de rico «a gastar o que não tinha. Essa maneira de penhorar aquilo que não temos, mas que os nossos filhos vão ter de ganhar, vai demorar a Portugal dez anos a pagar».

Passos Coelho afirmou que «um novo governo exige uma nova liderança. Não podemos confiar o governo àqueles que destruíram a confiança que o Governo tinha neles».



«José Sócrates andou os primeiros dois anos do Governo a dizer que a culpa era nossa. Seis anos depois de ser Primeiro-Ministro, a culpa continuou a ser nossa», disse Passos Coelho, ouvindo-se um coro de apupos quando proferiu o nome do líder do PS. «Ele não merece mais confiança, nem dos portugueses, nem do PSD».

«É preciso não ter medo de trabalhar. Se deram cabo de quase tudo, nós iremos reconstruir quase tudo a Portugal. Vamos arregaçar as mangas. Vamos tirar Portugal da ajuda externa em que nos puseram», afirmou Passos Coelho.

E a propósito da ajuda externa, recuperou o facto de afinal haver dois textos diferentes do acordo do Governo com a troika (FMI, BCE e Comissão Europeia). O primeiro data de 3 de Maio, assinado pelo Executivo socialista e que foi garantido, através de cartas enviadas à missão técnica, pelo PSD e pelo CDS, caso ganhem as eleições de 5 de Junho.

«No fim quase desta campanha, num Governo que está estafado, que chegou ao fim. Nem quando chegou ao fim consegue dizer o que assinou. Já não há paciência para desculpas tão esfarrapadas como este Governo dá em cada dia das eleições», acusou.

«Seja qual for a versão nós cumpriremos, mas caramba nós estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal», lamentou.

Passos disse ainda que «todos são bem-vindos nestas eleições». «Não andamos mais à procura do voto de uns do que do voto de outros». E assegurou, referindo-se a Sócrates: «Nós não levaremos para o Governo quem precisa de fazer uma boa cura de oposição para que um dia possa ser útil a Portugal, como nestes seis anos não foi».

«Não temos medo das ameaças do governo. Temos obrigação de nos mobilizar o que queremos é um resultado histórico para Portugal. Já só faltam 7 dias para a campanha eleitoral e 9 dias para a mudança de Portugal», disse a terminar. E para que o resultado se confirme, houve mesmo quem lhe tivesse oferecido um trevo de quatro folhas, para dar sorte.
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