PS aprova Orçamento de Estado sozinho

O Orçamento de Estado foi aprovado na generalidade pela maioria PS e com os votos contra da do PSD, PCP, CDS-PP, BE e «Os Verdes».

À saída, o primeiro-ministro disse aos jornalistas que a sessão parlamentar «correu muito, porque este orçamento de rigor foi aprovado, que era o que pretendíamos».

José Sócrates mostrou-se ainda «satisfeito» sobre a disciplina de voto, «o que era absolutamente indispensável».

Recorde-se que os deputados socialistas eleitos pelo círculo da Madeira chegaram a ponderar abster-se na votação desta quinta-feira, a pedida do líder do PS/Madeira.

Contudo, e após à entrada para o debate José Sócrates ter dito que «com a disciplina de voto não se brinca», os parlamentares da Madeira votaram favoravelmente.

Já à saída, José Sócrates explicou o porquê desta mudança no sentido de voto: «Os deputados da madeira fazem sempre uma avaliação do orçamento tendo em vista a lei das finanças regionais e isso é cumprido». Tal como foi cumprido, o que era «fundamental», manter a disciplina de voto, explicou o também secretário-geral do PS.

Os deputados da Madeira anunciaram no plenário, logo a seguir à votação, que irão apresentar uma declaração de voto, para firmar a posição sobre este Orçamento.

Também Manuel Alegre, que votou a favor, apresentou uma declaração de voto, explicando que o Orçamento «é muito mais do que um documento técnico», mas antes um «documento político que traduz as opções da acção governativa em todos os domínios e, em especial, no plano económico e social».

Alegre já tinha deixado claro que discorda «de uma concepção predominantemente financeira dos orçamentos de Estado», à semelhança dos documentos aprovados em 2005, 2006 e 2007.

Saiba mais sobre a polémica da disciplina de voto e a explicações dos deputados madeirenses para terem votado favoravelmente este Orçamento de Estado.