Autoeuropa pode manter custos estáveis sem congelar salários - TVI

Autoeuropa pode manter custos estáveis sem congelar salários

Carro Polo da Volkswagen

A Autoeuropa ainda não apresentou nenhuma proposta concreta aos trabalhadores relativamente às suas condições de trabalho.

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Apesar de a empresa ter admitido publicamente que pretende propor um novo congelamento de salários, os trabalhadores têm esperança de que isso não seja necessário.

Fonte da Comissão de Trabalhadores afirmou à Agência Financeira que, nas primeiras duas reuniões, ocorridas na passada semana, «a administração da empresa limitou-se a fazer o que costuma fazer todos os anos, que foi apresentar a situação económica e financeira da empresa». Na segunda-feira estava marcada outra reunião, mas acabou por ser adiada, «por questões de agenda».

Depois de os trabalhadores terem proposto um aumento salarial de 5,5%, a Autoeuropa pediu que este valor fosse justificado por parte dos trabalhadores, deixando também o alerta de que «os custos da empresa não podem aumentar», por forma a que a mesma se mantenha «competitiva quando comparada com as empresas estrangeiras», nomeadamente a de Wolfsburg, com quem a Autoeuropa está a disputar, no universo Volkswagen, a produção de um novo modelo, o SUV Marrakesch.

Apesar de estarem conscientes da «necessidade de novos modelos para a fábrica», os trabalhadores ficaram «desagradados» com a hipótese de um novo congelamento de salários, condição que se tinham já visto forçados a aceitar no ano passado, em troca de dias de não produção pagos e de não existirem despedimentos. Por isso mesmo, apesar de compreenderem que os custos da empresa não podem subir muito, sob pena de se tornar menos competitiva e não conseguir garantir mais modelos para produzir, esperam que «essa estabilidade de custos não seja conseguida, mais uma vez, à custa dos salários dos trabalhadores».

Assim, dizem, «é possível manter os custos estáveis e aumentar salários, se se conseguirem optimizações noutras áreas».

A responsável pelas relações públicas da Autoeuropa, Carmo Jardim, tinha já afirmado anteriormente à Agência Financeira que, mesmo sendo difícil a captação do SUV para Portugal, especialmente depois de o Governo alemão se ter mostrado disponível para apoiar a plataforma alemã na luta pelo modelo, não pretende desistir de atrair novos modelos para a fábrica de Palmela.
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