Movimento pró-aeroporto Ota preocupado com eventuais atrasos - TVI

Movimento pró-aeroporto Ota preocupado com eventuais atrasos

Aeroporto

O Movimento Pró-aeroporto da Ota anunciou esta segunda-feira, em comunicado, que vai pedir uma audiência ao Governo para manifestar as suas preocupações com os atrasos do projecto que sejam originados pelo estudo comparativo com Alcochete.

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O movimento revelou que vai pedir uma audiência ao «ministro das Obras Públicas e Comunicações para sublinhar as preocupações com que encara este inesperado volte-face» do Governo, avançou a «Lusa».

Por outro lado, os subscritores do documento reclamam que o estudo encomendado pelo Governo ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) faça uma «análise prospectiva custo/benefício das duas localizações, bem como dos respectivos fluxos de utentes, carga e passageiros».

No comunicado, o movimento considera que o país não pode «continuar sistematicamente a adiar» o investimento na Ota que já havia sido decidido em 1999 e que já conta com apoios comunitários garantidos.

Além disso, o aumento do tráfego no actual aeroporto da Portela e a articulação com a linha ferroviária de alta velocidade justificam a decisão de avançar, com a «possível rapidez», com o projecto do novo aeroporto de Lisboa na Ota.

«O adiamento da solução traz graves prejuízos ao país e descredibiliza as instituições», considera o movimento, que integra autarcas, empresários e dirigentes associativos da região centro.

O movimento pró-aeroporto da Ota acusa «alguns técnicos» e «alguma comunicação social» de quererem o novo aeroporto na margem sul do Tejo, ignorando os constrangimentos ambientais existentes.

A proposta do Campo de Tiro de Alcochete parece apresentar «todas as vantagens possíveis e imaginárias relativamente à Ota», mas para o movimento «não há comparação possível entre uma solução sedimentada ao longo dos anos por múltiplos estudos e a recém-chegada hipótese que tem apenas a sustentá-la um estudo preliminar».

Movimento receia novos estudos e prazos

Agora, o movimento teme que venham a «seguir-se novos estudos, novos prazos, novas discussões, novos debates públicos, novas revisões dos estudos e novas apreciações pelas entidades competentes», fazendo com que o processo tenha «andado dez anos para trás ao tempo».

«E se Alcochete não resultar, surgirá certamente qualquer outra hipótese que finalmente conduza o novo aeroporto para a margem sul do Tejo, conforme o objectivo pretendido», ironiza a direcção do movimento, recordando que, ao mesmo tempo, a «rejeição de voos e degradação do serviço» na Portela vai continuar.

«A localização na Ota, que resultou de muitos anos de estudos e da eliminação de sucessivas outras hipóteses, entre as quais o Campo de Tiro de Alcochete, não deve ser posta em causa», referem ainda os subscritores do comunicado, que prometem estar atentos a «todas as implicações do estudo encomendado ao LNEC».
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