Água mal gasta vale 730 milhões de euros por ano - TVI

Água mal gasta vale 730 milhões de euros por ano

Água

Maior capacidade de armazenamento de água, através da construção de mais albufeiras e planos de contingência prontos para acudir a situações de seca tal é o caminho apontado pela experiência da Comissão para a Seca 2005, que ontem teve a sua última reunião, mas que manterá um núcleo restrito em actividade, avança o «Jornal de Notícias».

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Os ministros do Ambiente e da Agricultura remetem para «medidas estruturais» a prevenção de novas situações de escassez. Mas a aposta que surge a par de mais captações é a poupança do recurso: todos os anos se desperdiça água no valor de 730 milhões de euros. E todos os anos se poderia poupar em água o equivalente a 385 milhões.

O Governo conta com a construção de mais barragens (Baixo Sabor, Ribeiradio, no Vouga, e Odelouca, no Algarve) para aumentar a capacidade de armazenamento de água que possa fazer frente a situações cada vez mais frequentes de seca. Isto mesmo foi ontem afirmado em conferência de imprensa em que dois ministros fizeram o balanço das iniciativas tomadas ao longo de 2005 para colmatar a falta de água. Qualificaram como «eficiente» o trabalho feito e do qual, disse Nunes Correia, ministro do Ambiente, foram tiradas «várias lições».

Para o futuro, e na dimensão estrutural que disseram ser aquela que resolverá a escassez cíclica de água, os ministros da Agricultura e do Ambiente vão buscar planos que estavam congelados ou em andamento lento.

Relativamente à seca, foi oficialmente contabilizado um prejuízo decorrente na ordem dos 286 milhões de euros. Este valor inclui mais de 32 milhões como perda declarada pelas indústrias da pasta de papel e dos adubos, mas não tem em conta os prejuízos directos dos agricultores e criadores de gado. O Ministério da Agricultura teve como encargos 39 milhões de euros, com ajudas, bonificações de juros e isenções de pagamento à Segurança Social.
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