Quem o diz é o Banco de Portugal, referindo-se aos empréstimos contraídos quando as taxas de juro estavam em níveis historicamente baixos, beneficiando também das condições contratuais extremamente favoráveis que os bancos têm vindo a introduzir nos seus produtos.
Tendo em conta que a parte da poupança que é canalizada para a dívida é cada vez maior, caso o cenário de aumentos das taxas de juro e de fraco crescimento da economia portuguesa se venha a concretizar, será de esperar no futuro algum aumento do crédito em incumprimento e/ou a um abrandamento da despesa na economia.
As mais afectadas serão, claramente, as famílias mais endividadas (em termos líquidos de activos financeiros que rendem juros), aquelas com rendimentos tendencialmente mais baixos e com maior probabilidade de desemprego.
É que estes clientes não estarão em posição favorável para renegociar os seus créditos e conseguirem assim condições mais favoráveis. Nestes casos, qualquer subida das taxas de juro, como aqueles que ocorreram no final de 2005 e no início de 2006, podem ter consequências mais graves.
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Créditos mais recentes têm maior risco de incumprimento
- Redação
- PGM
- 21 jun 2006, 16:06
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Caso as taxas de juro continuem a subir, os devedores mais recentes, ou seja, pessoas que contraíram empréstimos há pouco tempo, podem estar em situação de fragilidade acrescida.
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