António Martins da Costa avançou à «agência Lusa», ao comentar os resultados da subsidiária brasileira da EDP - Energias de Portugal em 2005, que «2006 será o ano em que tomaremos decisões de investir».
A empresa planeia participar do concurso para a construção de novas barragens, que deverá decorrer em Maio, «caso o investimento garanta o rendimento adequado aos accionistas».
A Energias do Brasil não participou do concurso realizado pelo Governo brasileiro em Dezembro do ano passado porque as «condições não garantiam o retorno do investimento».
Martins da Costa afirmou ainda que a holding analisa a aquisição de activos também no sector de produção de energia eléctrica.
«Reafirmamos a intenção de uma política de crescimento com ênfase na produção de energia no Brasil», salientou o executivo.
Martins da Costa realçou que este ano a 'holding' Energias do Brasil vai duplicar a capacidade de produção de energia, com a conclusão da barragem de Peixe Angical e com o reforço de potência em duas outras barragens.
Actualmente, a área de produção da Energias do Brasil tem capacidade instalada total de 531 MW e mais 527 MW em construção, com investimentos de 274,5 milhões de euros em 2005.
No ano passado, o lucro da Energias do Brasil mais do que quadruplicou no ano passado face a 2004, atingindo o recorde de 172,3 milhões de euros.
Trata-se do melhor desempenho desde 1996, ano em que a subsidiária da EDP - Energias de Portugal no Brasil iniciou actividades naquele país, sendo que actualmente já possui activos de quase 3,5 mil milhões de euros.
Em 2004, a Energias do Brasil registou um lucro de 41,9 milhões de euros, ao câmbio actual.
Martins da Costa afirmou que o bom desempenho em 2005 foi resultado da melhoria operacional das empresas e do impacto do IPO realizado em Julho de 2005.
«O resultado operacional aumentou 18%, o que significa que aquilo que é a base do nosso negócio estamos indo muito bem», acrescentou.
«O IPO garantiu uma solidez financeira ao grupo, com a redução do endividamento e da estabilização dos encargos financeiros», disse o executivo.
A operação na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) atingiu 470 milhões de euros, que atraiu investidores nacionais e estrangeiros.
Depois do IPO, quase 38% das acções do grupo foram pulverizadas no mercado brasileiro ('free float'), sendo que os 62% restantes continuam com a EDP - Energias de Portugal.
A dívida consolidada da Energias do Brasil totalizava, em 31 de Dezembro de 2005, 670,5 milhões de euros, uma diminuição de 26% em relação ao período homólogo de 2004.
Do total da dívida em Dezembro de 2005, 30% estavam em moeda estrangeira, 87% dos quais protegidos da variação cambial.
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Energias do Brasil vai investir na produção em 2006
- Redação
- Lusa com SAS
- 23 fev 2006, 14:52
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A Energias do Brasil planeia realizar novos investimentos no sector de produção de energia eléctrica este ano, afirmou hoje o presidente da empresa
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